main-banner

Jurisprudência


AgRg no AREsp 19227 / DFAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2011/0149899-5

Ementa
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. EARESP 386.266/SP. RECURSO ESPECIAL INADMITIDO NA ORIGEM POR DIVERGÊNCIA A SÚMULAS E À JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO ADMISSÍVEL. IRRETROATIVIDADE DO TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO. 1. "O julgamento do agravo deve preceder à eventual declaração de prescrição da pretensão punitiva. Somente nas hipóteses em que o agravo não é conhecido por esta Corte (art. 544, § 4º, I, do CPC), o agravo é conhecido e desprovido (art. 544, § 4º, II, "a") e o agravo é conhecido e o especial tem seu seguimento negado por ser manifestamente inadmissível (art. 544, § 4º, II, "b" - 1ª parte), pode-se afirmar que a coisa julgada retroagirá à data do escoamento do prazo para a interposição do recurso admissível. Nas demais hipóteses previstas no § 4º, II, do artigo em comento, o especial é considerado admissível, ainda que sem sucesso, não havendo que se falar em coisa julgada operada ainda no Tribunal de origem. (EAREsp 386.266/SP, Relator Ministro Gurgel de Faria, 3ª Seção, Dje de 03/09/2015, grifei) 2. Na caso em apreço, o Tribunal a quo inadmitiu o apelo raro ao argumento de que as razões recursais estariam em confronto com enunciados sumulares e com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, situação que, nos termos do precedente referenciado, enquadra-se no art. 544, § 4º, II, "b", 2ª parte. 3. Correto, portanto, o reconhecimento da prescrição pela decisão ora agravada, já que, no caso, o trânsito em julgado da condenação não retroage à data do escoamento do prazo para a interposição do último recurso cabível na origem. 4. De fato, tendo sido o réu condenado, pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei n. 11.343/2006, à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, e considerando, ainda, nos termos do art. 109, V, c/c o art. 110, § 1º, ambos do Código Penal, que houve o transcurso de mais de 4 anos entre a data de publicação da sentença, em 21/11/2008 (e-STJ fl. 221) - último marco interruptivo da prescrição -, e a data em que prolatada a decisão ora recorrida, em 28/5/2015 (e-STJ fls. 453/455), acertado o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva, na modalidade superveniente. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 19.227/DF, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 22/03/2017)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Thereza de Assis Moura, Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz e Nefi Cordeiro votaram com o Sr. Ministro Relator.

Data do Julgamento : 14/03/2017
Data da Publicação : DJe 22/03/2017
Órgão Julgador : T6 - SEXTA TURMA
Relator(a) : Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO (1182)
Referência legislativa : LEG:FED LEI:005869 ANO:1973***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973 ART:00544 PAR:00004 INC:00002 LET:BLEG:FED LEI:013105 ANO:2015***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 ART:00932LEG:FED RGI:****** ANO:1989***** RISTJ-89 REGIMENTO INTERNO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ART:00253(COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA REGIMENTAL 16/2014)LEG:FED EMR:000016 ANO:2014(SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ)
Veja : STJ - AgRg no AREsp 148288-PE, AgRg nos EAREsp19380-PI, EAREsp 386266-SP
Mostrar discussão