- Anúncio -
main-banner

Jurisprudência


AgRg no AREsp 195562 / PBAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2012/0133425-2

Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. MULTA ADMINISTRATIVA. EXECUÇÃO FISCAL. CDA. REQUISITOS DE VALIDADE NÃO PREENCHIDOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. RESP N. 1.345.021/CE 1. A aferição acerca do preenchimento dos requisitos essenciais à validade da CDA, no caso concreto, demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de recurso especial ante o óbice da Súmula n. 7 do Superior Tribunal de Justiça. Entendimento fixado pela Primeira Seção, por ocasião do julgamento do REsp 1.345.021/CE, Relator Ministro Herman Benjamin, DJe 02.08.2013. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 195.562/PB, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/03/2015, DJe 18/03/2015)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça prosseguindo o julgamento, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto-vista do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sérgio Kukina, Regina Helena Costa (RISTJ, art. 162, §2º, segunda parte), Ari Pargendler (voto-vista) e Napoleão Nunes Maia Filho (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator (voto-vista).

Data do Julgamento : 03/03/2015
Data da Publicação : DJe 18/03/2015
Órgão Julgador : T1 - PRIMEIRA TURMA
Relator(a) : Ministro BENEDITO GONÇALVES (1142)
Palavras de resgate : CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA).
Informações adicionais : (VOTO VISTA) (MIN. ARI PARGENDLER) "A questão de fato que o julgamento do recurso especial não pode enfrentar é aquela que transposta do mundo real para o mundo dos autos foi resolvida pela instância ordinária, que é soberana neste âmbito. Outra coisa é a questão de direito que exsurge do procedimento, e que portanto só existe no mundo dos autos. O título executivo extrajudicial é aquele previsto em lei, e saber se in concreto atende os requisitos legais é uma questão de direito que pode ser dirimida no recurso especial. Há vários exemplos disso. As Turmas da Seção de Direito Privado decidiram, nos estritos limites do recurso especial, que o contrato de abertura de crédito não constitui um título executivo. É preciso que isso fique claro: os juízos acerca de questões relativas ao procedimento podem ser revistos na instância especial, até mesmo aquelas que resultem de fatos (enquanto fatos incontroversos) como a tempestividade ou intempestividade de uma contestação e de recurso, quando a relevância que possam ter só se manifesta no mundo dos autos. A implementação, ou não, dos requisitos da dívida ativa nada tem a ver com o mundo dos fatos; basta olhar a certidão de dívida ativa e compará-la com as exigências do art. 2º § 5º c/c o § 6º da Lei n. 6.830, de 1980. No caso falta na certidão de dívida ativa "a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo" (L. 6830/80, art. 2º § 5º, IV)[...]".
Referência legislativa : LEG:FED LEI:005172 ANO:1966***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL ART:00202 INC:00002LEG:FED LEI:006830 ANO:1980***** LEF-80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS ART:00002 PAR:00005 INC:00002 INC:00004 PAR:00006LEG:FED SUM:*********** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007
Veja : (CDA - REQUISITOS - VERIFICAÇÃO - SÚMULA 7 DO STJ) STJ - AgRg no AREsp 64755-MG, AgRg no Ag 1416846-RS, REsp 1345021-CE