main-banner

Jurisprudência


AgRg no AREsp 355144 / PIAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2013/0206259-8

Ementa
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 20, §§ 3º e 4º, E 267, VI, DO CPC/73. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO, À BASE DE 3% POR TRIÊNIO. PRESCRIÇÃO E DIREITO ADQUIRIDO. ACÓRDÃO COM FUNDAMENTO EM FATOS E PROVAS E EM LEI LOCAL. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 7/STJ E 280/STF. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Agravo Regimental interposto na vigência do CPC/73. II. Na origem, "trata-se de Ação Revisional de Proventos movida por Francisco Olímpio da Paz e Célia Maria Rezende Santana Andrade em face do IAPEP (Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí), objetivando a incorporação do adicional por tempo de serviço de 3% (três por cento), cumulativo a cada 3 (três) anos de serviço público efetivo". III. Os dispositivos legais apontados pelo recorrente como supostamente violados - arts. 20, §§ 3º e 4º, e 267, VI, do CPC/73 - ressentem-se do indispensável prequestionamento, em relação aos quais sequer foram opostos Embargos de Declaração, para suprir eventual omissão do julgado. Incide, pois, a Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal ("É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada"). IV. O Tribunal de origem, com base no contexto fático-probatório dos autos e na legislação local (Leis Complementares estaduais 13/94 e 33/2003), consignou que "os Apelados, ao longo dos anos, perceberam a vantagem remuneratória denominada adicional por tempo de serviço à base de 3% por triênio, incorporaram-na ao seu patrimônio jurídico e, portanto, não podem, de hora para outra verem tal patrimônio desaparecer ou reduzir das certezas de receitas mensais". Assim, a questão controvertida nos autos foi solucionada, pelo Tribunal de origem, com fundamento nos fatos e provas e na interpretação da legislação local. Logo, a revisão do aresto, na via eleita, encontra óbice nas Súmulas 7/STJ e 280/STF. V. De igual forma, a análise da tese prescricional, sob a ótica da Leis Complementares estaduais 13/94 e 33/2003, esbarra na Súmula 280/STF, que veda, a esta Corte, o exame de lei local, em Recurso Especial. VI. Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp 355.144/PI, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2016, DJe 01/09/2016)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. A Sra. Ministra Diva Malerbi (Desembargadora Convocada do TRF/3ª Região), os Srs. Ministros Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Mauro Campbell Marques.

Data do Julgamento : 18/08/2016
Data da Publicação : DJe 01/09/2016
Órgão Julgador : T2 - SEGUNDA TURMA
Relator(a) : Ministra ASSUSETE MAGALHÃES (1151)
Referência legislativa : LEG:FED SUM:****** ANO:********* SUM(STF) SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUM:000280 SUM:000282LEG:EST LCP:000013 ANO:1994 UF:PILEG:EST LCP:000033 ANO:2003 UF:PILEG:FED SUM:****** ANO:********* SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007
Veja : (PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO) STJ - AgRg no AREsp 456333-RS
Mostrar discussão