AgRg no AREsp 691033 / SEAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2014/0342663-6
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MÉDICO DO SUS. ATO ÍMPROBO CONFIGURADO PELA COBRANÇA DE QUANTIA EM DINHEIRO PARA A REALIZAÇÃO DE CIRURGIA NA REDE PÚBLICA. TRIBUNAL DE ORIGEM ENTENDE DESPROPORCIONAL A PENA DE PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA. REVISÃO DA DOSIMETRIA DA PENA. REEXAME DOS FATOS E DAS PROVAS. INCIDÊNCIA.
SÚMULA 7/STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa proposta pela União contra Jolinaldo de Lucena Ribeiro, objetivando a majoração da pena imposta a fim incluir a sanção de perda da função pública.
2. No caso dos autos, todavia, o Tribunal de origem consignou: "a pena me parece muito severa. Vamos imaginar que esse médico respondesse a um processo administrativo disciplinar. Um processo administrativo disciplinar por um fato como esse, que é grave, se ele não tem antecedentes - e a questão nem foi apurada -, sofreria uma suspensão de sessenta ou noventa dias".
3. No que tange à alegada desproporção das sanções aplicadas aos agentes condenados por improbidade, o exame do acórdão de origem revela fundamentação suficiente e adequação do juízo de dosimetria aos parâmetros do art. 12, parágrafo único, da Lei 8.429/1992, que impõe ao magistrado o dever de atentar às circunstâncias do caso concreto por ocasião da fixação da pena.
4. Não se verificando, pois, ausência de proporcionalidade ou razoabilidade nas sanções cominadas, incide a Súmula 7/STJ no caso.
Precedentes: AgRg no REsp 1.361.984/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 12.6.2014; AgRg no AREsp 360.225/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 22.4.2014, DJe 18.6.2014; EDcl no AREsp 360.707/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 16.12.2013; REsp 1.347.223/RN, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 22.5.2013.
5. Agravo Regimental não provido.
(AgRg no AREsp 691.033/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 05/08/2015)
Ementa
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MÉDICO DO SUS. ATO ÍMPROBO CONFIGURADO PELA COBRANÇA DE QUANTIA EM DINHEIRO PARA A REALIZAÇÃO DE CIRURGIA NA REDE PÚBLICA. TRIBUNAL DE ORIGEM ENTENDE DESPROPORCIONAL A PENA DE PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA. REVISÃO DA DOSIMETRIA DA PENA. REEXAME DOS FATOS E DAS PROVAS. INCIDÊNCIA.
SÚMULA 7/STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa proposta pela União contra Jolinaldo de Lucena Ribeiro, objetivando a majoração da pena imposta a fim incluir a sanção de perda da função pública.
2. No caso dos autos, todavia, o Tribunal de origem consignou: "a pena me parece muito severa. Vamos imaginar que esse médico respondesse a um processo administrativo disciplinar. Um processo administrativo disciplinar por um fato como esse, que é grave, se ele não tem antecedentes - e a questão nem foi apurada -, sofreria uma suspensão de sessenta ou noventa dias".
3. No que tange à alegada desproporção das sanções aplicadas aos agentes condenados por improbidade, o exame do acórdão de origem revela fundamentação suficiente e adequação do juízo de dosimetria aos parâmetros do art. 12, parágrafo único, da Lei 8.429/1992, que impõe ao magistrado o dever de atentar às circunstâncias do caso concreto por ocasião da fixação da pena.
4. Não se verificando, pois, ausência de proporcionalidade ou razoabilidade nas sanções cominadas, incide a Súmula 7/STJ no caso.
Precedentes: AgRg no REsp 1.361.984/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 12.6.2014; AgRg no AREsp 360.225/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 22.4.2014, DJe 18.6.2014; EDcl no AREsp 360.707/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 16.12.2013; REsp 1.347.223/RN, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 22.5.2013.
5. Agravo Regimental não provido.
(AgRg no AREsp 691.033/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 05/08/2015)Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA Turma do Superior
Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do(a) Sr(a).
Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro
Campbell Marques (Presidente), Assusete Magalhães e Humberto Martins
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Data do Julgamento
:
18/06/2015
Data da Publicação
:
DJe 05/08/2015
Órgão Julgador
:
T2 - SEGUNDA TURMA
Relator(a)
:
Ministro HERMAN BENJAMIN (1132)
Referência legislativa
:
LEG:FED LEI:008429 ANO:1992***** LIA-92 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ART:00012 PAR:ÚNICOLEG:FED SUM:*********** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007
Veja
:
(DOSIMETRIA DAS SANÇÕES - PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DARAZOABILIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS) STJ - AgRg no REsp 1361984-SC, AgRg no AREsp 360225-MG, EDcl no AREsp 360707-PR, REsp 1347223-RN
Mostrar discussão