main-banner

Jurisprudência


AgRg no AREsp 758821 / PRAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2015/0195034-2

Ementa
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE NA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. INVESTIGAÇÃO EM OBSERVÂNCIA À LEI N. 9.296/1996. QUEBRA DO SIGILO QUE ATENDEU AOS REQUISITOS LEGAIS. CAUSA DE AUMENTO PELA INTERNACIONALIDADE. BIS IN IDEM. NÃO OCORRÊNCIA. REGIME INICIAL FECHADO. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. - Improcedentes as argumentações de inobservância dos requisitos da Lei n. 9.296/1996, porquanto foram demonstrados os requisitos previstos no art. 2º, incisos I, II e III, da Lei n° 9.296/1996, relativos à existência de fortes indícios de autoria e da impossibilidade de outros meios de prova para apuração dos crimes investigados, puníveis com pena de reclusão. - No caso concreto e pelo que constava dos autos até aquele momento, "a prova pretendida não poderia ser obtida por outros meios possíveis", não prosperando as alegações de nulidade. - Não ocorre o alegado bis in idem quanto ao acréscimo da pena pela internacionalidade, que não é elementar do tipo, só revela maior reprovabilidade do delito. Precedentes. (AgRg no AREsp 471.441/SP, Rel. Ministro ERICSON MARANHO - DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP, SEXTA TURMA, DJe de 14.12.2015). - Pacífica nesta Corte Superior a orientação segundo a qual a fixação de regime mais gravoso do que o imposto em razão da pena deve ser feita com base em fundamentação concreta, a partir das circunstâncias judiciais dispostas no art. 59 do Código Penal - CP ou de outro dado concreto que demonstre a extrapolação da normalidade do tipo, como ocorre no caso. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 758.821/PR, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 06/10/2016, DJe 17/10/2016)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental. Os Srs. Ministros Felix Fischer, Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca e Ribeiro Dantas votaram com o Sr. Ministro Relator.

Data do Julgamento : 06/10/2016
Data da Publicação : DJe 17/10/2016
Órgão Julgador : T5 - QUINTA TURMA
Relator(a) : Ministro JOEL ILAN PACIORNIK (1183)
Referência legislativa : LEG:FED LEI:009296 ANO:1996 ART:00002
Veja : (NULIDADE NA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA) STJ - RHC 38566-ES(TRANSNACIONALIDADE - BIS IN IDEM) STJ - AgRg no AREsp 471441-SP, AgRg no AREsp 176314-SP(FIXAÇÃO DE REGIME MAIS GRAVOSO) STJ - AgRg no AREsp 490422-SP
Mostrar discussão