main-banner

Jurisprudência


AgRg no AREsp 819872 / PBAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2015/0301108-0

Ementa
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO ART. 413, CAPUT, E § 1º, DO CPP. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. EXCESSO DE LINGUAGEM. IMPROCEDÊNCIA. SENTENÇA QUE NÃO FIRMOU JUÍZO DE CERTEZA ACERCA DA IMPUTAÇÃO. ACÓRDÃO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA 83/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 302 DO CTB. PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE HOMICÍDIO COM DOLO EVENTUAL PARA O DE HOMICÍDIO CULPOSO PRATICADO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. VEDAÇÃO. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Sodalício Superior é assente no sentido de que não há falar em excesso de linguagem na hipótese em que o Juízo de origem utiliza fundamentação satisfatória para pronunciar o acusado, apontando a existência de indícios suficientes de autoria de crime doloso contra a vida, sem revelar traços que pudessem conduzir à quebra da imparcialidade do Colegiado leigo. Incidência do enunciado nº 83 da Súmula desta Corte. 2. É assente que cabe ao aplicador da lei, em instância ordinária, fazer um cotejo fático e probatório a fim de analisar a existência de provas suficientes a absolver, condenar, ou desclassificar a imputação feita ao acusado. Óbice do enunciado nº 7 da Súmula do STJ. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 819.872/PB, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe 02/02/2016)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEXTA Turma do Superior Tribunal de Justiça: A Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz, Nefi Cordeiro e Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ/SP) votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Data do Julgamento : 17/12/2015
Data da Publicação : DJe 02/02/2016
Órgão Julgador : T6 - SEXTA TURMA
Relator(a) : Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA (1131)
Informações adicionais : "[...] no caso em apreço não há falar em excesso de linguagem, na medida em que, ao examinar a fundamentação exarada na sentença de pronúncia, não se vislumbra qualquer conclusão categórica quanto à efetiva responsabilidade do recorrente, de modo que o suposto excesso de linguagem não resta configurado". Aplica-se a Súmula 83 do STJ tanto aos recursos especiais interpostos pela alínea "c" quanto pela alínea "a" do permissivo constitucional, de acordo com entendimento desta Corte Superior. "[...] pretende o recorrente, em verdade, rediscutir as razões que levaram a Corte de origem a não desclassificar o delito, o que implicaria, inevitavelmente, o reexame dos fatos e das provas produzidas nos autos, procedimento este incabível na instância especial".
Referência legislativa : LEG:FED DEL:003689 ANO:1941***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ART:00413 PAR:00001LEG:FED SUM:*********** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007 SUM:000083LEG:FED CFB:****** ANO:1988***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ART:00105 INC:00003 LET:A LET:C
Veja : (SENTENÇA DE PRONÚNCIA - EXCESSO DE LINGUAGEM) STJ - EDcl no REsp 1242001-AL, AgRg no AREsp 154262-GO, AgRg no AREsp 364364-DF, HC 202566-PE, AgRg no HC 130666-MG, HC 41661-SP(RECURSO ESPECIAL - REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA) STJ - REsp 1509531-PR, AgRg no AREsp 648405-SP, AgRg no REsp 1413287-MG, AgRg no AREsp 314096-SC, HC 53948-PB
Sucessivos : AgRg no AREsp 1034289 RJ 2016/0335731-0 Decisão:16/02/2017 DJe DATA:24/02/2017AgRg no AREsp 836396 DF 2016/0007561-6 Decisão:01/03/2016 DJe DATA:09/03/2016AgRg no REsp 1566449 RJ 2015/0284770-8 Decisão:01/03/2016 DJe DATA:09/03/2016
Mostrar discussão