main-banner

Jurisprudência


AgRg no HC 258852 / PIAGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS2012/0235499-6

Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. TESE DE AUSÊNCIA DE FORMALIDADE ESSENCIAL NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. AUSÊNCIA DE QUESITO ESPECÍFICO QUANTO À TESE DE LEGÍTIMA DEFESA. NULIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. JULGAMENTO POSTERIOR À LEI N. 11.689/2008. FORMULAÇÃO DE QUESITO GENÉRICO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. "O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, em recentes decisões, não admitem mais a utilização do habeas corpus como sucedâneo do meio processual adequado, seja o recurso próprio, seja a revisão criminal, salvo em situações excepcionais" (HC n. 315.307/SP, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, 6ª T., DJe 25/10/2016). 2. A tese de ausência de formalidade essencial consistente na falta de assinatura do membro do Ministério Público em várias peças dos autos não foi debatida pelo Tribunal a quo, de forma que seu conhecimento por este Superior Tribunal implicaria evidente supressão de instância. Além disso, a apontada nulidade relativa não foi suscitada em tempo oportuno, ficando, portanto, sanada, de acordo com a inteligência dos arts. 564, III, "d" e 572, ambos do CPP. Ademais, não houve demonstração de prejuízo dela advindo e a análise dos autos, com o intuito de verificar a existência da referida nulidade, demandaria análise probatória, inviável em habeas corpus. 3. Esta Corte tem firmado o entendimento de que, após a entrada em vigor da Lei n. 11.689/2008, uma vez formulado o quesito genérico concernente à possibilidade de absolvição, a ausência de formulação de quesito específico quanto à tese de legítima defesa não enseja nulidade do julgado. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no HC 258.852/PI, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 29/11/2016)
Acórdão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Nefi Cordeiro, Antonio Saldanha Palheiro, Maria Thereza de Assis Moura e Sebastião Reis Júnior votaram com o Sr. Ministro Relator.

Data do Julgamento : 17/11/2016
Data da Publicação : DJe 29/11/2016
Órgão Julgador : T6 - SEXTA TURMA
Relator(a) : Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ (1158)
Referência legislativa : LEG:FED DEL:003689 ANO:1941***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ART:00564 INC:00003 LET:D ART:00572LEG:FED LEI:011689 ANO:2008
Veja : (HABEAS CORPUS - SUCEDÂNEO RECURSAL) STJ - HC 315307-SP(TESE NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA) STJ - HC 168037-MS(JULGAMENTO POSTERIOR À LEI 11.689/2008 - FORMULAÇÃO DE QUESITOGENÉRICO COM RELAÇÃO À POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO - AUSÊNCIA DENULIDADE) STJ - EDcl no HC 202190-DF, HC 272094-SC, HC 267570-GO
Sucessivos : AgRg no HC 378447 PR 2016/0297037-1 Decisão:01/12/2016 DJe DATA:13/12/2016
Mostrar discussão