main-banner

Jurisprudência


AgRg no REsp 1215032 / SPAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL2010/0175501-4

Ementa
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA QUE BUSCA A ABSTENÇÃO, POR IGREJA, DA PRODUÇÃO DE SOM E DE NOVAS INSTALAÇÕES. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DITOS POR VIOLADOS. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DIRIMIU A CONTROVÉRSIA COM BASE NOS ELEMENTOS FÁTICOS CONSTANTES DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. AGRAVOS REGIMENTAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO AOS QUAIS SE NEGA PROVIMENTO. 1. De início, cumpre ressaltar que, nos termos do que decidido pelo Plenário do STJ, aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (Enunciado Administrativo 2). 2. No que se refere aos arts. 286, 295, I e III, parág. único, III, e 462 do Código de Processo Civil; 1o., I, 3o. e 21 da Lei 7.347/85; bem como 81, I e 83 da Lei 8.078/90, constata-se que o acórdão impugnado não analisou a questão sob a ótica dos referidos dispositivos legais apontados como violados. Ausente, assim, o prequestionamento da matéria, aplica-se o óbice da Súmula 211/STJ. 3. Quanto ao mais, constata-se que o acórdão recorrido dirimiu a controvérsia com base nos elementos fáticos constantes dos autos, conforme excerto do voto condutor transcrito às fls. 7/8. Desse modo, alterar as conclusões adotadas pela Corte de origem, tal como colocada a questão nas razões recursais, demandaria, necessariamente o revolvimento do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado em sede de Recurso Especial, atraindo o óbice da Súmula 7/STJ. 4. Agravos Regimentais do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e do MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO desprovidos. (AgRg no REsp 1215032/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/10/2016, DJe 26/10/2016)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento aos agravos regimentais, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina (Presidente), Regina Helena Costa e Gurgel de Faria votaram com o Sr. Ministro Relator.

Data do Julgamento : 18/10/2016
Data da Publicação : DJe 26/10/2016
Órgão Julgador : T1 - PRIMEIRA TURMA
Relator(a) : Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO (1133)
Informações adicionais : "[...] não configura contradição afirmar a ausência de prequestionamento e afastar a alegação de ofensa ao art. 535 do CPC, uma vez que é perfeitamente possível o julgado estar devidamente fundamentado sem que, entretanto, tenha decidido a causa à luz dos preceitos apontados pela Recorrente".
Referência legislativa : LEG:FED SUM:****** ANO:********* SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007LEG:FED LEI:005869 ANO:1973***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973 ART:00535
Veja : (ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 535 DO CPC - AFASTAMENTO - FALTA DEPREQUESTIONAMENTO) STJ - REsp 1239589-RS
Mostrar discussão