main-banner

Jurisprudência


AgRg no REsp 1433054 / ESAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL2013/0407689-1

Ementa
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATO MERCANTIL PARA FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL A POSTO DE GASOLINA. VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. VALIDADE DA DUPLICATA E REGULARIDADE DO RESPECTIVO PROTESTO. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. NULIDADE PROCESSUAL INVOCADA COM FUNDAMENTO NO ART. 809 DO CPC. REVISÃO DO VALOR DOS DANOS MORAIS. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Não é possível falar em inépcia da petição inicial por falta de correspondência lógica entre causa de pedir e pedido quando o próprio réu é capaz de identificar esses elementos e reconhecer o liâme lógico entre eles. 2. As razões do recurso especial, no que toca à validade da duplicata, à impossibilidade de sua inclusão na confissão de dívida e à legalidade do respectivo protesto somente fazem sentido quando se parte da premissa fática de que referida duplicata não foi paga. Assim, tendo o acórdão recorrido afastado essa premissa fática não é possível acolher as razões recursais sem ofensa à Súmula n. 7/STJ. 3. Tendo as instâncias de origem afirmado que não houve mora, não é possível argumentar com a exceção de contrato não cumprido. Também nesse ponto, parte-se de premissa fática não acolhida pelas instâncias de origem, o que veda a Súmula n. 7/STJ. 4. A alegação de nulidade processual formulada com fundamento no art. 809 do CPC não foi apreciada pelo Tribunal de origem, incidindo, assim, as Súmulas n. 282 e 356/STF. Na linha dos precedentes desta Corte, mesmo as matérias de ordem pública devem estar prequestionadas para que possam ser examinadas em recurso especial. 5. A pretensão de modificação do valor dos danos morais não amparada em indicação de ofensa à lei federal ou dissídio pretoriano esbarra na Súmula n. 284/STF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1433054/ES, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/12/2015, DJe 14/12/2015)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Moura Ribeiro, João Otávio de Noronha, Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.

Data do Julgamento : 03/12/2015
Data da Publicação : DJe 14/12/2015
Órgão Julgador : T3 - TERCEIRA TURMA
Relator(a) : Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE (1150)
Referência legislativa : LEG:FED LEI:005474 ANO:1968 ART:00002 ART:00003 ART:00013LEG:FED SUM:*********** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007LEG:FED SUM:*********** SUM(STF) SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUM:000282 SUM:000356
Veja : (PREQUESTIONAMENTO - QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA) STJ - AgRg no REsp 1505392-PE, AgRg no AgRg no REsp 1519523-PR, AgRg no AREsp 449544-MS
Sucessivos : AgRg no AREsp 824993 SP 2015/0301678-7 Decisão:27/09/2016 DJe DATA:06/10/2016AgRg no AgRg no AREsp 748729 SP 2015/0173824-0 Decisão:17/12/2015 DJe DATA:05/02/2016AgRg no AREsp 732612 SP 2015/0148571-1 Decisão:15/12/2015 DJe DATA:03/02/2016
Mostrar discussão