AgRg no REsp 1574291 / PIAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL2015/0301968-0
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
PENA-BASE. CULPABILIDADE E CONSEQUÊNCIAS. NEGATIVAÇÃO. ELEMENTOS.
EXISTÊNCIA. VERIFICAÇÃO. INVIABILIDADE. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA.
SÚMULA 7/STJ. CAUSA DE AUMENTO. ART. 226, II, DO CP. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. PRESSUPOSTOS RECURSAIS.
FLEXIBILIZAÇÃO. DESCABIMENTO.
1. A análise da tese de violação do art. 59 do Código Penal, trazida sob o fundamento de que haveria razão para negativar as circunstâncias judiciais nele previstas, o que foi afastado pelo Tribunal de origem, demandaria o revolvimento necessário de matéria fático-probatória, vedado pela Súmula 7/STJ.
2. Valorar juridicamente a prova é aferir se, diante da legislação pertinente, um determinado meio probatório é apto para provar algum fato, ato, negócio ou relação jurídica.
3. No caso concreto, não se debate se determinado tipo de prova pode ser juridicamente utilizado como meio probatório para dar suporte a uma condenação criminal. O que se pretende é que esta Corte Superior verifique se existem nos autos elementos probatórios suficientes para negativar as circunstâncias judiciais referentes à culpabilidade e às consequências do crime. Isso não é valoração jurídica da prova, mas reexame do acervo de provas, vedado pela Súmula 7/STJ.
4. Conforme, reconhece o próprio agravante, o acórdão recorrido não apreciou o pedido de aplicabilidade da causa aumento prevista no art. 226, II, do Código Penal, sendo assim, o tema carece de prequestionamento nos termos da Súmula 282/STF 5. A alegação de que a matéria seria supostamente relevante não autoriza a mitigação dos pressupostos de admissibilidade recursais, mormente em recurso acusatório.
6. Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1574291/PI, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 23/08/2016, DJe 08/09/2016)
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
PENA-BASE. CULPABILIDADE E CONSEQUÊNCIAS. NEGATIVAÇÃO. ELEMENTOS.
EXISTÊNCIA. VERIFICAÇÃO. INVIABILIDADE. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA.
SÚMULA 7/STJ. CAUSA DE AUMENTO. ART. 226, II, DO CP. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. PRESSUPOSTOS RECURSAIS.
FLEXIBILIZAÇÃO. DESCABIMENTO.
1. A análise da tese de violação do art. 59 do Código Penal, trazida sob o fundamento de que haveria razão para negativar as circunstâncias judiciais nele previstas, o que foi afastado pelo Tribunal de origem, demandaria o revolvimento necessário de matéria fático-probatória, vedado pela Súmula 7/STJ.
2. Valorar juridicamente a prova é aferir se, diante da legislação pertinente, um determinado meio probatório é apto para provar algum fato, ato, negócio ou relação jurídica.
3. No caso concreto, não se debate se determinado tipo de prova pode ser juridicamente utilizado como meio probatório para dar suporte a uma condenação criminal. O que se pretende é que esta Corte Superior verifique se existem nos autos elementos probatórios suficientes para negativar as circunstâncias judiciais referentes à culpabilidade e às consequências do crime. Isso não é valoração jurídica da prova, mas reexame do acervo de provas, vedado pela Súmula 7/STJ.
4. Conforme, reconhece o próprio agravante, o acórdão recorrido não apreciou o pedido de aplicabilidade da causa aumento prevista no art. 226, II, do Código Penal, sendo assim, o tema carece de prequestionamento nos termos da Súmula 282/STF 5. A alegação de que a matéria seria supostamente relevante não autoriza a mitigação dos pressupostos de admissibilidade recursais, mormente em recurso acusatório.
6. Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1574291/PI, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 23/08/2016, DJe 08/09/2016)Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros
Rogerio Schietti Cruz, Nefi Cordeiro, Antonio Saldanha Palheiro e
Maria Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator.
Data do Julgamento
:
23/08/2016
Data da Publicação
:
DJe 08/09/2016
Órgão Julgador
:
T6 - SEXTA TURMA
Relator(a)
:
Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR (1148)
Referência legislativa
:
LEG:FED SUM:****** ANO:********* SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUM:000007
Sucessivos
:
AgInt no REsp 1638988 SP 2016/0291646-6 Decisão:07/03/2017
DJe DATA:13/03/2017
Mostrar discussão