main-banner

Jurisprudência


RHC 73138 / PBRECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS2016/0176305-4

Ementa
PROCESSUAL PENAL. INÉPCIA DA DENÚNCIA QUANDO JÁ HAVIA SENTENÇA CONDENATÓRIA. TEMA SUPERADO. NULIDADES NA CITAÇÃO E NA INTIMAÇÃO DA RÉ. QUESTÕES NÃO APRECIADAS PELO ACÓRDÃO ATACADO. NÃO CONHECIMENTO. DEFESA. DEFICIÊNCIA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. SÚMULA 523 DO STF. PRISÃO CAUTELAR APÓS A CONDENAÇÃO. RATIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS CONCRETOS QUE NORTEARAM A PREVENTIVA QUE PERDUROU EM TODA A INSTRUÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM ADMITIDA. 1. Apresenta-se manifestamente descabido impetrar habeas corpus com pleito de inépcia da denúncia quando já havia sentença condenatória. Não há a menor condição de discutir higidez formal da acusação se já há juízo de acolhimento da persecução penal, cujo suporte é tudo quanto produzido sob o crivo do contraditório. Trata-se de pretensão que já nasceu superada. 2. Não decididas pelo acórdão atacado nulidades referentes à citação e à intimação da ré, ora paciente, não merecem as questões conhecimento, sob pena de supressão de instância. 3. Nos termos da Súmula 523 do STF, adotada pela jurisprudência desta Corte, a total ausência de defesa é causa de nulidade absoluta, mas a eventual deficiência exige demonstração de prejuízo, ausente no caso concreto. 4. Não viola o disposto no artigo 387, § 1º, do Código de Processo Penal a sentença que mantém a prisão cautelar do acusado, por considerar ainda presentes os motivos que ensejaram sua decretação, em momento pretérito, máxime quando a segregação fora determinada em razão da gravidade in concreto dos fatos delituosos, agora reconhecidos por sentença penal condenatória, ainda que recorrível. 5. Recurso conhecido em parte para, nesta extensão, negar-lhe provimento. (RHC 73.138/PB, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 01/09/2016, DJe 12/09/2016)
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça: A Sexta Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nesta parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz, Nefi Cordeiro e Antonio Saldanha Palheiro votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Data do Julgamento : 01/09/2016
Data da Publicação : DJe 12/09/2016
Órgão Julgador : T6 - SEXTA TURMA
Relator(a) : Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA (1131)
Referência legislativa : LEG:FED SUM:****** ANO:********* SUM(STF) SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUM:000523LEG:FED DEL:003689 ANO:1941***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ART:00387 PAR:00001
Veja : (IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS - PREJUDICIALIDADE) STJ - HC 207313-ES, AgRg no HC 68075-SP(DEFESA DO RÉU - DEFICIÊNCIA - NULIDADE) STJ - HC 228359-SP, HC 225831-SP(FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM) STJ - AgRg no HC 304464-BA
Mostrar discussão