RHC 80016 / MGRECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS2017/0004517-4
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. EVASÃO.
1. A validade da segregação cautelar está condicionada à observância, em decisão devidamente fundamentada, dos requisitos insertos no art. 312 do Código de Processo Penal, revelando-se indispensável a demonstração do que consiste o periculum libertatis.
2. No caso, a prisão preventiva se impõe como forma de garantir a aplicação da lei penal, uma vez que o recorrente não foi localizado no endereço fornecido à autoridade policial, o que denota seu intuito de se furtar da responsabilização penal.
3. Não se olvida que "Esta Corte entende que é ilegal a decretação da prisão preventiva com fundamento isolado no art. 366 do Código de Processo Penal". Isso porque "[...] diante da não localização do denunciado para ser citado, sequer é possível saber se ele tinha conhecimento do fato, daí porque inviável presumir a fuga". (HC 355.850/TO, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 10/10/2016). Contudo, na hipótese, depreende-se dos autos que o paciente teve conhecimento do início da persecução penal em seu desfavor, haja vista que foi preso logo após o suposto cometimento do crime, tendo, inclusive, indicado endereço no qual não foi localizado posteriormente, o que motivou a decretação da prisão cautelar.
4. Recurso ordinário desprovido.
(RHC 80.016/MG, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 02/08/2017)
Ementa
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. EVASÃO.
1. A validade da segregação cautelar está condicionada à observância, em decisão devidamente fundamentada, dos requisitos insertos no art. 312 do Código de Processo Penal, revelando-se indispensável a demonstração do que consiste o periculum libertatis.
2. No caso, a prisão preventiva se impõe como forma de garantir a aplicação da lei penal, uma vez que o recorrente não foi localizado no endereço fornecido à autoridade policial, o que denota seu intuito de se furtar da responsabilização penal.
3. Não se olvida que "Esta Corte entende que é ilegal a decretação da prisão preventiva com fundamento isolado no art. 366 do Código de Processo Penal". Isso porque "[...] diante da não localização do denunciado para ser citado, sequer é possível saber se ele tinha conhecimento do fato, daí porque inviável presumir a fuga". (HC 355.850/TO, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 10/10/2016). Contudo, na hipótese, depreende-se dos autos que o paciente teve conhecimento do início da persecução penal em seu desfavor, haja vista que foi preso logo após o suposto cometimento do crime, tendo, inclusive, indicado endereço no qual não foi localizado posteriormente, o que motivou a decretação da prisão cautelar.
4. Recurso ordinário desprovido.
(RHC 80.016/MG, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 02/08/2017)Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, prosseguindo no julgamento após voto-vista antecipado
do Sr. Ministro Nefi Cordeiro dando provimento ao recurso em habeas
corpus, sendo acompanhado pelo Sr. Ministro Sebastião Reis Júnior, e
os votos dos Srs. Ministros Maria Thereza de Assis Moura e Rogerio
Schietti Cruz negando-lhe provimento, por maioria, negar provimento
ao recurso ordinário nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Data do Julgamento
:
13/06/2017
Data da Publicação
:
DJe 02/08/2017
Órgão Julgador
:
T6 - SEXTA TURMA
Relator(a)
:
Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO (1182)