STF ADI 1231 / DF - DISTRITO FEDERAL AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ANISTIA: LEI CONCESSIVA. Lei 8.985, de
07.02.95. CF, art. 48, VIII, art. 21, XVII. LEI DE ANISTIA: NORMA
GERAL.
I. - Lei 8.985/95, que concede anistia aos candidatos às
eleições gerais de 1994, tem caráter geral, mesmo porque é da
natureza da anistia beneficiar alguém ou a um grupo de pessoas.
Cabimento da ação direta de inconstitucionalidade.
II. - A anistia,
que depende de lei, é para os crimes políticos. Essa é a regra.
Consubstancia ela ato político, com natureza política.
Excepcionalmente, estende-se a crimes comuns, certo que, para estes,
há o indulto e a graça, institutos distintos da anistia (CF, art.
84, XII). Pode abranger, também, qualquer sanção imposta por
lei.
III. - A anistia é ato político, concedido mediante lei, assim
da competência do Congresso e do Chefe do Executivo, correndo por
conta destes a avaliação dos critérios de conveniência e
oportunidade do ato, sem dispensa, entretanto, do controle judicial,
porque pode ocorrer, por exemplo, desvio do poder de legislar ou
afronta ao devido processo legal substancial (CF, art. 5º,
LIV).
IV. - Constitucionalidade da Lei 8.985, de 1995.
V. - ADI
julgada improcedente.
Ementa
CONSTITUCIONAL. ANISTIA: LEI CONCESSIVA. Lei 8.985, de
07.02.95. CF, art. 48, VIII, art. 21, XVII. LEI DE ANISTIA: NORMA
GERAL.
I. - Lei 8.985/95, que concede anistia aos candidatos às
eleições gerais de 1994, tem caráter geral, mesmo porque é da
natureza da anistia beneficiar alguém ou a um grupo de pessoas.
Cabimento da ação direta de inconstitucionalidade.
II. - A anistia,
que depende de lei, é para os crimes políticos. Essa é a regra.
Consubstancia ela ato político, com natureza política.
Excepcionalmente, estende-se a crimes comuns, certo que, para estes,
há o indulto e a graça, institutos distintos da anistia (CF, art.
84, XII). Pode abranger, também, qualquer sanção imposta por
lei.
III. - A anistia é ato político, concedido mediante lei, assim
da competência do Congresso e do Chefe do Executivo, correndo por
conta destes a avaliação dos critérios de conveniência e
oportunidade do ato, sem dispensa, entretanto, do controle judicial,
porque pode ocorrer, por exemplo, desvio do poder de legislar ou
afronta ao devido processo legal substancial (CF, art. 5º,
LIV).
IV. - Constitucionalidade da Lei 8.985, de 1995.
V. - ADI
julgada improcedente.Decisão
O Tribunal, por maioria, conheceu da ação, vencidos os Senhores
Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Sepúlveda Pertence e, no
mérito, julgou-a improcedente, nos termos do voto do relator, vencidos
os Senhores Ministros Marco Aurélio, Carlos Britto e Sepúlveda
Pertence. Votou o Presidente, o Senhor Ministro Nelson Jobim. Ausente,
justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Eros Grau.
Plenário, 15.12.2005.
Data do Julgamento
:
15/12/2005
Data da Publicação
:
DJ 28-04-2006 PP-00004 EMENT VOL-02230-01 PP-00049
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. CARLOS VELLOSO
Parte(s)
:
REQTE. : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL
ADVOGADO: JOSE ROBERTO BATOCHIO
ADVOGADO: MARCELO MELLO MARTINS
REQDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
REQDO. : CONGRESSO NACIONAL
ADVOGADO: JOSE SAULO PEREIRA RAMOS
ADVOGADO: LUIZ CARLOS BETTIOL
Mostrar discussão