main-banner

Jurisprudência


STF ADI 1376 MC / DF - DISTRITO FEDERAL MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.179/95, QUE DISPÕE SOBRE MEDIDAS DE FORTALECIMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. PARCIAL REEDIÇÃO PELA DE Nº 1.214/95. ALEGADA INCOMPATIBILIDADE COM O ART. 192, CAPUT, ART. 150, § 6º, E ART. 5º, XX, CF/88 E, AINDA, COM OS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DO ATO JURÍDICO PERFEITO. PEDIDO ACOMPANHADO DE REQUERIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR. Ausência de plausibilidade da tese: - em primeiro lugar, por ter-se limitado a definir, no art. 1º e parágrafos, os contornos de programa criado por ato do Conselho Monetário Nacional, no exercício de atribuição que lhe foi conferida pela Lei nº 4.595/64 (art. 2º, inc. VI), recebida pela Carta de 88 como lei complementar; - em segundo lugar, tendo em vista que o art. 2º e seus incisos e parágrafos, ainda que houvessem instituído tratamento tributário privilegiado às fusões e incorporações, o fizeram sem afronta ao art. 150, § 6º, da CF/88, posto que por meio de lei editada para esse fim, a qual, por isso, não pode deixar de ser considerada específica, como exigido pelo referido texto; - e, por fim, considerando que o art. 3º, ao afastar a incidência, nas incorporações e fusões, do art. 230 da Lei 6.404/76, referiu norma legal cuja vigência se acha envolta em séria controvérsia, circunstância por si só capaz de lançar dúvida sobre a questão de saber se concorre, no caso, o pressuposto da relevância do fundamento do pedido. Registre-se, ainda, que escapa à competência do Poder Judiciário a apreciação do requisito de urgência previsto no art. 62 da CF/88 para a adoção de medida provisória, conforme jurisprudência assente do STF. Medida cautelar indeferida.
Decisão
O Tribunal, preliminarmente, por maioria de votos, não conheceu do recurso de agravo interposto contra o despacho do Ministro Ilmar Galvão (Relator), que condicionou a submissão ao Plenário do pedido de medida liminar à prévia requisição de informações ao órgão estatal de que emanou o ato normativo impugnado, vencido o Ministro Marco Aurélio, que julgava prejudicado esse mesmo recurso. O Tribunal, prosseguindo na apreciação da causa, conheceu, em parte, da ação direta, para, nessa parte, indeferir o pedido de medida liminar concernente aos arts. 1º, 2º e 3º da Medida Provisória nº 1.214/95, vencidos, no que concerne aos arts. 1º e 2º dessa mesma Medida Provisória, os Ministros Marco Aurélio, Néri da Silveira e Presidente (Ministro Celso de Mello, art. 37, I do RISTF), que deferiam a suspensão cautelar de eficácia desses preceitos normativos. O Tribunal, por unanimidade de votos, não conheceu da ação direta quanto a parte da norma inscrita no art. 3º da Medida Provisória nº 1.214/95, no ponto em que esta, introduzindo alteração no conteúdo da Medida Provisória nº 1.179/95, fez incluir em seu texto, de modo inovador, expressa referência aos arts. 254, 255, 256 e § 2º, 264 e § 3º, e 270 e parágrafo único, todos da Lei nº 6.404, de 15.12.76. Votou o Presidente. Plenário, 11.12.95.

Data do Julgamento : 11/12/1995
Data da Publicação : DJ 31-08-2001 PP-00035 EMENT VOL-02041-01 PP-00165
Órgão Julgador : Tribunal Pleno
Relator(a) : Min. ILMAR GALVÃO
Parte(s) : REQTE. : PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT ADVS. : JOSE ANTONIO DIAS TOFFOLI, JONAS DUARTE JOSE DA SULVA E OUTROS REQDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Mostrar discussão