STF ADI 2320 / SC - SANTA CATARINA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 11.362, DO
ESTADO DE SANTA CATARINA. CONCESSÃO DE REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
OU DE ISENÇÃO. MANUTENÇÃO INTEGRAL DO CRÉDITO FISCAL RELATIVO À
ENTRADA DE PRODUTOS VENDIDOS. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO
ARTIGO 155, § 2º, INCISO II, "a" e "b", DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL. INOCORRÊNCIA.
1. A norma impugnada, ao assegurar o
direito à manutenção do crédito fiscal em casos em que há redução
da base de cálculo ou isenção, não afronta o princípio da
não-cumulatividade. Ao contrário, viabiliza sua observância, em
coerência com o disposto no artigo 32, II, do Convênio ICMS n.
36/92.
2. O artigo 155, § 2º, inciso II, "b" da CB prevê que a
isenção ou não-incidência acarretará a anulação do credito
relativo às operações anteriores, salvo determinação em
contrário. A redução de base de cálculo é, segundo o Plenário
deste Tribunal, espécie de isenção parcial, o que implica
benefício fiscal e aplicação do preceito constitucional
mencionado. Precedentes.
3. A disciplina aplicada à isenção
estende-se às hipóteses de redução da base de
cálculo.
4. Visando à manutenção do equilíbrio econômico e a
evitar a guerra fiscal, benefícios fiscais serão concedidos e
revogados mediante deliberação dos Estados-membros e do Distrito
Federal. O ato normativo estadual sujeita-se à lei complementar
ou a convênio [artigo 155, § 2º, inciso XII, "f"].
5. O Convênio
ICMS n. 36/92 autoriza, na hipótese dos autos, a manutenção
integral do crédito, ainda quando a saída seja sujeita a redução
da base de cálculo ou isenção --- § 7º da Cláusula 1ª do Convênio
ICMS n. 36/92.
6. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada
improcedente.
Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 11.362, DO
ESTADO DE SANTA CATARINA. CONCESSÃO DE REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
OU DE ISENÇÃO. MANUTENÇÃO INTEGRAL DO CRÉDITO FISCAL RELATIVO À
ENTRADA DE PRODUTOS VENDIDOS. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO
ARTIGO 155, § 2º, INCISO II, "a" e "b", DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL. INOCORRÊNCIA.
1. A norma impugnada, ao assegurar o
direito à manutenção do crédito fiscal em casos em que há redução
da base de cálculo ou isenção, não afronta o princípio da
não-cumulatividade. Ao contrário, viabiliza sua observância, em
coerência com o disposto no artigo 32, II, do Convênio ICMS n.
36/92.
2. O artigo 155, § 2º, inciso II, "b" da CB prevê que a
isenção ou não-incidência acarretará a anulação do credito
relativo às operações anteriores, salvo determinação em
contrário. A redução de base de cálculo é, segundo o Plenário
deste Tribunal, espécie de isenção parcial, o que implica
benefício fiscal e aplicação do preceito constitucional
mencionado. Precedentes.
3. A disciplina aplicada à isenção
estende-se às hipóteses de redução da base de
cálculo.
4. Visando à manutenção do equilíbrio econômico e a
evitar a guerra fiscal, benefícios fiscais serão concedidos e
revogados mediante deliberação dos Estados-membros e do Distrito
Federal. O ato normativo estadual sujeita-se à lei complementar
ou a convênio [artigo 155, § 2º, inciso XII, "f"].
5. O Convênio
ICMS n. 36/92 autoriza, na hipótese dos autos, a manutenção
integral do crédito, ainda quando a saída seja sujeita a redução
da base de cálculo ou isenção --- § 7º da Cláusula 1ª do Convênio
ICMS n. 36/92.
6. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada
improcedente.Decisão
Após o voto do Senhor Ministro Eros Grau
(Relator), julgando parcialmente procedente a ação, e do voto do
Senhor Ministro Marco Aurélio que divergia, julgando-a improcedente,
pediu vista dos autos o Senhor Ministro Cezar Peluso. Ausente,
justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidência do
Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 06.04.2005.
Decisão: Renovado o pedido de vista do Senhor Ministro
Cezar Peluso, justificadamente, nos termos do § 1º do artigo 1º da
Resolução nº 278, de 15 de dezembro de 2003. Presidência do Senhor
Ministro Nelson Jobim. Plenário, 1º.06.2005.
Decisão: O Tribunal, à unanimidade, julgou improcedente a
ação. Votou a Presidente. Reformulou o voto proferido o relator.
Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Carlos Britto e, neste
julgamento, o Senhor Ministro Nelson Jobim (Presidente). Presidiu o
julgamento a Senhora Ministra Ellen Gracie (Vice-Presidente).
Plenário, 15.02.2006.
Data do Julgamento
:
15/02/2006
Data da Publicação
:
DJ 16-03-2007 PP-00019 EMENT VOL-02268-01 PP-00129 RDDT n. 140, 2007, p. 218-219
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. EROS GRAU
Parte(s)
:
REQTE. : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV. : PGE-SC - WALTER ZIGELLI
REQDA. : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Mostrar discussão