STF ADI 2448 MC / DF - DISTRITO FEDERAL MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA
EXPRESSÃO "OU PARTICULARES" CONSTANTE DO ART. 1º DA LEI Nº
2.702, DE 04/04/2001, DO DISTRITO FEDERAL, DESTE TEOR: "FICA
PROIBIDA A COBRANÇA, SOB QUALQUER PRETEXTO, PELA UTILIZAÇÃO
DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS EM ÁREAS PERTENCENTES A
INSTITUIÇÕES DE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR,
PÚBLICAS OU PARTICULARES."
ALEGAÇÃO DE QUE SUA INCLUSÃO, NO TEXTO, IMPLICA
VIOLAÇÃO ÀS NORMAS DOS ARTIGOS 22, I, 5º, XXII, XXIV e LIV,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
QUESTÃO PRELIMINAR SUSCITADA PELA CÂMARA
LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL: a) DE DESCABIMENTO DA ADI,
POR TER CARÁTER MUNICIPAL A LEI EM QUESTÃO; b) DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM".
MEDIDA CAUTELAR (ART. 170, § 1º, DO R.I.S.T.F.).
1. Não procede a preliminar de descabimento da ADI
sob a alegação de ter o ato normativo impugnado natureza de
direito municipal.
Argüição idêntica já foi repelida por esta
Corte, na ADIMC nº 1.472-2, e na qual se impugnava o art. 1º
da Lei Distrital nº 1.094, de 31 de maio de 1996.
2. Não colhe, igualmente, a alegação de
ilegitimidade passiva "ad causam", pois a Câmara Distrital,
como órgão, de que emanou o ato normativo impugnado, deve
prestar informações no processo da A.D.I., nos termos dos
artigos 6 e 10 da Lei n 9.868, de 10.11.1999.
3. Quanto ao mais, a A.D.I. tem plausibilidade
jurídica, pois não pode o D.F. legislar sobre direito civil,
nem por esse meio violar o direito de propriedade.
4. "Periculum in mora" também reconhecido.
5. Precedente no mesmo sentido: ADIMC n 1.472-DF.
6. Cautelar deferida. Decisão unânime.
Ementa
- DIREITO CONSTITUCIONAL.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA
EXPRESSÃO "OU PARTICULARES" CONSTANTE DO ART. 1º DA LEI Nº
2.702, DE 04/04/2001, DO DISTRITO FEDERAL, DESTE TEOR: "FICA
PROIBIDA A COBRANÇA, SOB QUALQUER PRETEXTO, PELA UTILIZAÇÃO
DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS EM ÁREAS PERTENCENTES A
INSTITUIÇÕES DE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR,
PÚBLICAS OU PARTICULARES."
ALEGAÇÃO DE QUE SUA INCLUSÃO, NO TEXTO, IMPLICA
VIOLAÇÃO ÀS NORMAS DOS ARTIGOS 22, I, 5º, XXII, XXIV e LIV,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
QUESTÃO PRELIMINAR SUSCITADA PELA CÂMARA
LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL: a) DE DESCABIMENTO DA ADI,
POR TER CARÁTER MUNICIPAL A LEI EM QUESTÃO; b) DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM".
MEDIDA CAUTELAR (ART. 170, § 1º, DO R.I.S.T.F.).
1. Não procede a preliminar de descabimento da ADI
sob a alegação de ter o ato normativo impugnado natureza de
direito municipal.
Argüição idêntica já foi repelida por esta
Corte, na ADIMC nº 1.472-2, e na qual se impugnava o art. 1º
da Lei Distrital nº 1.094, de 31 de maio de 1996.
2. Não colhe, igualmente, a alegação de
ilegitimidade passiva "ad causam", pois a Câmara Distrital,
como órgão, de que emanou o ato normativo impugnado, deve
prestar informações no processo da A.D.I., nos termos dos
artigos 6 e 10 da Lei n 9.868, de 10.11.1999.
3. Quanto ao mais, a A.D.I. tem plausibilidade
jurídica, pois não pode o D.F. legislar sobre direito civil,
nem por esse meio violar o direito de propriedade.
4. "Periculum in mora" também reconhecido.
5. Precedente no mesmo sentido: ADIMC n 1.472-DF.
6. Cautelar deferida. Decisão unânime.Decisão
O Tribunal, por unanimidade, rejeitou as preliminares de inadequação da ação direta de inconstitucionalidade e de ilegitimidade da requerente, e concedeu a medida acauteladora para suspender, na lei da Distrito Federal de número 2.702, de 04 de abril de
2001, no artigo 1º, a expressão "ou particulares". Votou o Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Sepúlveda Pertence. Plenário, 01.02.2002.
Data do Julgamento
:
01/02/2002
Data da Publicação
:
DJ 22-03-2002 PP-00029 EMENT VOL-02062-01 PP-00167
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. SYDNEY SANCHES
Parte(s)
:
REQTE. : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO - CONFENEN
ADVDOS. : LUIZ RAFAEL MAYER E OUTROS
REQDA. : CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Mostrar discussão