STF ADI 3312 / MT - MATO GROSSO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO N. 989/03,
EDITADO PELO GOVERNADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO. USURPAÇÃO DA
COMPETÊNCIA DO SENADO FEDERAL PARA FIXAR A ALÍQUOTA DO ICMS, NOS
TERMOS DO PRECEITO DO ARTIGO 155, § 2º, INCISOS IV E V, DA CB/88.
ICMS. IMPOSTO NÃO-CUMULATIVO. A CONCESSÃO UNILATERAL DE
BENEFÍCIOS FISCAIS, SEM A PRÉVIA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO
INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII,
G, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
1. O decreto n. 989/03, do Estado
do Mato Grosso, considera como não tendo sido cobrado o ICMS nas
hipóteses em que a mercadoria for adquirida nos Estados do
Espírito Santo, de Goiás, de Pernambuco e no Distrito
Federal
2. O contribuinte é titular de direito ao crédito do
imposto pago na operação precedente. O crédito há de ser
calculado à alíquota de 7% se a ela efetivamente corresponder o
percentual de tributo incidente sobre essa operação. Ocorre que,
no caso, a incidência dá-se pela alíquota de 12%, não pela de 7%
autorizada ao contribuinte mato-grossense.
3. Pacífico o
entendimento jurisprudencial no sentido de que a concessão
unilateral de benefícios fiscais relativos ao ICMS, sem a prévia
celebração de convênio intergovernamental, nos termos do que
dispõe a LC 24/75, afronta ao disposto no artigo 155, § 2º, XII,
g, da Constituição Federal". Precedentes.
4. Ação direta julgada
procedente para declarar inconstitucional o decreto n. 989/2003,
do Estado do Mato Grosso.
Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO N. 989/03,
EDITADO PELO GOVERNADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO. USURPAÇÃO DA
COMPETÊNCIA DO SENADO FEDERAL PARA FIXAR A ALÍQUOTA DO ICMS, NOS
TERMOS DO PRECEITO DO ARTIGO 155, § 2º, INCISOS IV E V, DA CB/88.
ICMS. IMPOSTO NÃO-CUMULATIVO. A CONCESSÃO UNILATERAL DE
BENEFÍCIOS FISCAIS, SEM A PRÉVIA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO
INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII,
G, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
1. O decreto n. 989/03, do Estado
do Mato Grosso, considera como não tendo sido cobrado o ICMS nas
hipóteses em que a mercadoria for adquirida nos Estados do
Espírito Santo, de Goiás, de Pernambuco e no Distrito
Federal
2. O contribuinte é titular de direito ao crédito do
imposto pago na operação precedente. O crédito há de ser
calculado à alíquota de 7% se a ela efetivamente corresponder o
percentual de tributo incidente sobre essa operação. Ocorre que,
no caso, a incidência dá-se pela alíquota de 12%, não pela de 7%
autorizada ao contribuinte mato-grossense.
3. Pacífico o
entendimento jurisprudencial no sentido de que a concessão
unilateral de benefícios fiscais relativos ao ICMS, sem a prévia
celebração de convênio intergovernamental, nos termos do que
dispõe a LC 24/75, afronta ao disposto no artigo 155, § 2º, XII,
g, da Constituição Federal". Precedentes.
4. Ação direta julgada
procedente para declarar inconstitucional o decreto n. 989/2003,
do Estado do Mato Grosso.Decisão
O Tribunal, por unanimidade, julgou procedente a ação direta de
inconstitucionalidade, nos termos do voto do Relator. Votou a
Presidente, Ministra Ellen Gracie. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Sepúlveda Pertence, Celso de Mello e, neste
julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 16.11.2006.
Data do Julgamento
:
16/11/2006
Data da Publicação
:
DJ 09-03-2007 PP-00025 EMENT VOL-02267-01 PP-00079 LEXSTF v. 29, n. 341, 2007, p. 43-50 RDDT n. 140, 2007, p. 215
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. EROS GRAU
Parte(s)
:
REQTE.(S) : GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
ADV.(A/S) : PG-DF - MARIA DOLORES SERRA DE MELLO MARTINS
E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO
Mostrar discussão