STF ADPF 17 AgR / AP - AMAPÁ AG.REG.NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
E M E N T A: ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
(CF, ART. 102, § 1º) - AÇÃO ESPECIAL DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL -
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE (LEI Nº 9.882/99, ART. 4º, § 1º) -
EXISTÊNCIA DE OUTRO MEIO APTO A NEUTRALIZAR A SITUAÇÃO DE
LESIVIDADE QUE EMERGE DOS ATOS IMPUGNADOS - INVIABILIDADE DA
PRESENTE ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- O ajuizamento da ação constitucional de argüição de descumprimento
de
preceito fundamental rege-se pelo princípio da subsidiariedade (Lei nº
9.882/99, art. 4º, § 1º), a significar que não será ela admitida,
sempre que houver qualquer outro meio juridicamente idôneo apto a
sanar, com efetividade real, o estado de lesividade emergente do
ato impugnado. Precedentes: ADPF 3/CE, ADPF 12/DF e ADPF 13/SP.
A mera possibilidade de utilização de outros meios
processuais, contudo, não basta, só por si, para justificar a
invocação do princípio da subsidiariedade, pois, para que esse
postulado possa legitimamente incidir - impedindo, desse modo, o
acesso imediato à argüição de descumprimento de preceito fundamental
- revela-se essencial que os instrumentos disponíveis mostrem-se
capazes de neutralizar, de maneira eficaz, a situação de lesividade
que se busca obstar com o ajuizamento desse writ constitucional.
- A norma inscrita no art. 4º, § 1º da Lei nº 9.882/99 - que consagra
o
postulado da subsidiariedade - estabeleceu, validamente, sem qualquer
ofensa ao texto da Constituição, pressuposto negativo de
admissibilidade
da argüição de descumprimento de preceito fundamental, pois
condicionou,
legitimamente, o ajuizamento dessa especial ação de índole
constitucional, à observância de um inafastável requisito de
procedibilidade, consistente na ausência de qualquer outro meio
processual revestido de aptidão para fazer cessar, prontamente, a
situação de lesividade (ou de potencialidade danosa) decorrente do
ato impugnado.
Ementa
E M E N T A: ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
(CF, ART. 102, § 1º) - AÇÃO ESPECIAL DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL -
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE (LEI Nº 9.882/99, ART. 4º, § 1º) -
EXISTÊNCIA DE OUTRO MEIO APTO A NEUTRALIZAR A SITUAÇÃO DE
LESIVIDADE QUE EMERGE DOS ATOS IMPUGNADOS - INVIABILIDADE DA
PRESENTE ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- O ajuizamento da ação constitucional de argüição de descumprimento
de
preceito fundamental rege-se pelo princípio da subsidiariedade (Lei nº
9.882/99, art. 4º, § 1º), a significar que não será ela admitida,
sempre que houver qualquer outro meio juridicamente idôneo apto a
sanar, com efetividade real, o estado de lesividade emergente do
ato impugnado. Precedentes: ADPF 3/CE, ADPF 12/DF e ADPF 13/SP.
A mera possibilidade de utilização de outros meios
processuais, contudo, não basta, só por si, para justificar a
invocação do princípio da subsidiariedade, pois, para que esse
postulado possa legitimamente incidir - impedindo, desse modo, o
acesso imediato à argüição de descumprimento de preceito fundamental
- revela-se essencial que os instrumentos disponíveis mostrem-se
capazes de neutralizar, de maneira eficaz, a situação de lesividade
que se busca obstar com o ajuizamento desse writ constitucional.
- A norma inscrita no art. 4º, § 1º da Lei nº 9.882/99 - que consagra
o
postulado da subsidiariedade - estabeleceu, validamente, sem qualquer
ofensa ao texto da Constituição, pressuposto negativo de
admissibilidade
da argüição de descumprimento de preceito fundamental, pois
condicionou,
legitimamente, o ajuizamento dessa especial ação de índole
constitucional, à observância de um inafastável requisito de
procedibilidade, consistente na ausência de qualquer outro meio
processual revestido de aptidão para fazer cessar, prontamente, a
situação de lesividade (ou de potencialidade danosa) decorrente do
ato impugnado.Decisão
O Tribunal desproveu o agravo. Decisão unânime. Ausentes,
justificadamente, o Senhor Ministro Ilmar Galvão, e, neste julgamento,
o Senhor Ministro Nelson Jobim. Presidiu o julgamento, sem voto, o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Plenário, 05.06.2002.
Decisão: O Tribunal retificou a proclamação do Agravo Regimental na
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 17-3/AP, da
sessão do dia 05 junho de 2002, para excluir a expressão sem voto e
para constar que votou o Presidente, por tratar-se de matéria
constitucional. Votou o Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio.
Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Nelson
Jobim, e, nesta assentada, os Senhores Ministros Maurício Corrêa e
Sidney Saches. Plenário, 13.06.2002.
Data do Julgamento
:
05/06/2002
Data da Publicação
:
DJ 14-02-2003 PP-00058 EMENT VOL-02098-01 PP-00001
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE. : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
ADVDO.: PGE-AP - JOÃO BATISTA SILVA PLÁCIDO
AGDO. : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
AGDO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ
Mostrar discussão