STF ADPF 47 MC / PA - PARÁ MEDIDA CAUTELAR EM ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
EMENTA: ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. ARTIGO
2º DO DECRETO N. 4.726/87 DO ESTADO DO PARÁ. ATO REGULAMENTAR.
AUTARQUIA ESTADUAL. DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM. REMUNERAÇÃO
DOS SERVIDORES. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO. NÃO-RECEBIMENTO DO
ATO IMPUGNADO PELA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. FUMUS BONI IURIS E
PERICULUM IN MORA CARACTERIZADOS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.
1. A
controvérsia posta nestes autos foi examinada por esta Corte quando
do julgamento da ADPF n. 33. Em ambas as hipóteses, restou atendida
a exigência da subsidiariedade.
2. Decreto estadual que vinculava
os vencimentos dos servidores da autarquia estadual ao salário
mínimo.
3. A ocorrência do fumus boni iuris é inquestionável, já
que, ao menos em delibação cautelar, tem-se presente a ofensa a
preceito fundamental. O periculum in mora também está configurado.
Isto porque decisões judiciais, ao aplicarem o texto normativo,
impõem obrigações pecuniárias ao Estado-membro, o que conduz ao
comprometimento das atividades da Administração.
4. Plausibilidade da medida cautelar pleiteada.
Ementa
ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. ARTIGO
2º DO DECRETO N. 4.726/87 DO ESTADO DO PARÁ. ATO REGULAMENTAR.
AUTARQUIA ESTADUAL. DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM. REMUNERAÇÃO
DOS SERVIDORES. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO. NÃO-RECEBIMENTO DO
ATO IMPUGNADO PELA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. FUMUS BONI IURIS E
PERICULUM IN MORA CARACTERIZADOS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.
1. A
controvérsia posta nestes autos foi examinada por esta Corte quando
do julgamento da ADPF n. 33. Em ambas as hipóteses, restou atendida
a exigência da subsidiariedade.
2. Decreto estadual que vinculava
os vencimentos dos servidores da autarquia estadual ao salário
mínimo.
3. A ocorrência do fumus boni iuris é inquestionável, já
que, ao menos em delibação cautelar, tem-se presente a ofensa a
preceito fundamental. O periculum in mora também está configurado.
Isto porque decisões judiciais, ao aplicarem o texto normativo,
impõem obrigações pecuniárias ao Estado-membro, o que conduz ao
comprometimento das atividades da Administração.
4. Plausibilidade da medida cautelar pleiteada.Decisão
O Tribunal, por unanimidade, deferiu a medida cautelar, nos termos do
voto do relator. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, a
Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Nelson Jobim
(Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Sepúlveda
Pertence (art. 37, I, do RISTF). Plenário, 07.12.2005.
Data do Julgamento
:
07/12/2005
Data da Publicação
:
DJ 27-10-2006 PP-00032 EMENT VOL-02253-01 PP-00060 RTJ VOL-00199-03 PP-00900 LEXSTF v. 29, n. 337, 2007, p. 131-145
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. EROS GRAU
Parte(s)
:
ARGTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ
ARGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ
Mostrar discussão