STF AI 155188 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
E M E N T A: CONSTITUCIONAL - AÇÃO EXPROPRIATORIA -
INDENIZAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO - COMPUTO DA INFLAÇÃO REAL MEDIDA
PELO IPC - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - INCOGNOSCIBILIDADE DO
APELO EXTREMO NA HIPÓTESE DE CONFLITO INDIRETO COM A CONSTITUIÇÃO -
AGRAVO IMPROVIDO.
- A decisão judicial que manda incluir a taxa da inflação
real medida pelo IPC, no valor da indenização devida pelo poder
expropriante, além de adequar-se a exigência decorrente do princípio
constitucional da justa indenização, encontra fundamento na valida
interpretação ensejada por um vasto acervo normativo, de caráter
infraconstitucional, existente sobre a matéria.
Eventual interpretação desfavoravel das leis, ainda que
erronea, não pode ser invocada pela parte sucumbente como ato
ofensivo ao postulado constitucional da legalidade. Trata-se de
alegação que não guarda qualquer vinculo de pertinencia com o
princípio consagrado no art. 5., II, da Lei Fundamental da Republica.
O recurso extraordinário não e admissivel quando a
constatação de ofensa ao texto constitucional reclama, para que se
configure, a formulação de juízo previo de legalidade fundado na
vulneração e infringencia de dispositivos de ordem meramente legal.
- A jurisprudência do STF, mesmo sob a egide da Constituição
de 1988, continua a exigir o prequestionamento explicito da matéria
constitucional. A ofensa a Lei Fundamental da Republica - que sempre
deve ser direta e imediata - não dispensa o requisito essencial do
prequestionamento, que não se admite implicito.
Ementa
E M E N T A: CONSTITUCIONAL - AÇÃO EXPROPRIATORIA -
INDENIZAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO - COMPUTO DA INFLAÇÃO REAL MEDIDA
PELO IPC - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - INCOGNOSCIBILIDADE DO
APELO EXTREMO NA HIPÓTESE DE CONFLITO INDIRETO COM A CONSTITUIÇÃO -
AGRAVO IMPROVIDO.
- A decisão judicial que manda incluir a taxa da inflação
real medida pelo IPC, no valor da indenização devida pelo poder
expropriante, além de adequar-se a exigência decorrente do princípio
constitucional da justa indenização, encontra fundamento na valida
interpretação ensejada por um vasto acervo normativo, de caráter
infraconstitucional, existente sobre a matéria.
Eventual interpretação desfavoravel das leis, ainda que
erronea, não pode ser invocada pela parte sucumbente como ato
ofensivo ao postulado constitucional da legalidade. Trata-se de
alegação que não guarda qualquer vinculo de pertinencia com o
princípio consagrado no art. 5., II, da Lei Fundamental da Republica.
O recurso extraordinário não e admissivel quando a
constatação de ofensa ao texto constitucional reclama, para que se
configure, a formulação de juízo previo de legalidade fundado na
vulneração e infringencia de dispositivos de ordem meramente legal.
- A jurisprudência do STF, mesmo sob a egide da Constituição
de 1988, continua a exigir o prequestionamento explicito da matéria
constitucional. A ofensa a Lei Fundamental da Republica - que sempre
deve ser direta e imediata - não dispensa o requisito essencial do
prequestionamento, que não se admite implicito.Decisão
A Turma negou provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 30.11.93.
Data do Julgamento
:
30/11/1993
Data da Publicação
:
DJ 18-03-1994 PP-05171 EMENT VOL-01737-05 PP-00905
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGRAVANTE: COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO - METRÔ
ADVOGADOS: MANOEL SILVIO PUIG E OUTROS
AGRAVADOS: ANTONIO MUNHOZ E OUTROS
ADVOGADOS: FLAVIO JOAO DE CRESCENZO E OUTROS
Mostrar discussão