STF AI 245639 AgR / PE - PERNAMBUCO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO - PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO - CONTROLE DA
TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CERTIDÃO QUE SE LIMITA
A ATESTAR QUE O RECURSO EXTRAORDINÁRIO FOI INTERPOSTO DENTRO DO
PRAZO LEGAL, SEM INDICAÇÃO OBJETIVA DA DATA DA PUBLICAÇÃO DO
ACÓRDÃO - INSUFICIÊNCIA - AGRAVO IMPROVIDO.
- A certidão exarada por serventuário de Justiça, atestando,
genericamente, que o recurso extraordinário foi interposto
"tempestivamente" ou "dentro do prazo legal" sem ministrar elementos
objetivos que permitam, ao Supremo Tribunal Federal (Tribunal ad quem),
a aferição da tempestividade do apelo extremo não atende a exigência
fundada na jurisprudência desta Suprema Corte, legitimando, em conseqüência,
a aplicação da Súmula 288/STF.
O poder certificante dos serventuários de Justiça, não obstante o
privilégio da fé pública que lhes é inerente, não tem o condão de
substituir a atividade de controle jurisdicional sobre os pressupostos
recursais, notadamente sobre aquele concernente ao requisito da tempestividade.
Tratando-se de recurso extraordinário, compete ao Supremo Tribunal
Federal - e não ao Presidente do Tribunal de origem e nem ao Serventuário
da Corte Judiciária inferior - o reconhecimento definitivo sobre a
tempestividade, ou não, desse meio excepcional de impugnação recursal.
Ementa
AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO - PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO - CONTROLE DA
TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CERTIDÃO QUE SE LIMITA
A ATESTAR QUE O RECURSO EXTRAORDINÁRIO FOI INTERPOSTO DENTRO DO
PRAZO LEGAL, SEM INDICAÇÃO OBJETIVA DA DATA DA PUBLICAÇÃO DO
ACÓRDÃO - INSUFICIÊNCIA - AGRAVO IMPROVIDO.
- A certidão exarada por serventuário de Justiça, atestando,
genericamente, que o recurso extraordinário foi interposto
"tempestivamente" ou "dentro do prazo legal" sem ministrar elementos
objetivos que permitam, ao Supremo Tribunal Federal (Tribunal ad quem),
a aferição da tempestividade do apelo extremo não atende a exigência
fundada na jurisprudência desta Suprema Corte, legitimando, em conseqüência,
a aplicação da Súmula 288/STF.
O poder certificante dos serventuários de Justiça, não obstante o
privilégio da fé pública que lhes é inerente, não tem o condão de
substituir a atividade de controle jurisdicional sobre os pressupostos
recursais, notadamente sobre aquele concernente ao requisito da tempestividade.
Tratando-se de recurso extraordinário, compete ao Supremo Tribunal
Federal - e não ao Presidente do Tribunal de origem e nem ao Serventuário
da Corte Judiciária inferior - o reconhecimento definitivo sobre a
tempestividade, ou não, desse meio excepcional de impugnação recursal.Decisão
Por unanimidade, a Turma negou provimento ao agravo regimental.
Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros
Maurício Corrêa e Nelson Jobim. 2ª Turma, 08.02.2000.
Data do Julgamento
:
08/02/2000
Data da Publicação
:
DJ 26-05-2000 PP-00028 EMENT VOL-01992-04 PP-00664
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE. : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADVDOS. : DEOCLECIANO BATISTA E OUTROS
AGDO. : BRUNO IGLESIAS SIMAL
ADVDOS. : RAIMUNDO DIAS DA SILVA E OUTROS
Mostrar discussão