STF AI 338090 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO
ART. 5º, INCISOS XXII E LIV, DA CONSTITUIÇÃO - AUSÊNCIA DE OFENSA
DIRETA AO TEXTO CONSTITUCIONAL - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE -
RECURSO IMPROVIDO.
PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO E OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO.
- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, mesmo sob
a égide da Constituição de 1988, continua a exigir o prequestionamento
explícito da matéria constitucional. A ofensa à Lei Fundamental da
República - que se supõe direta e imediata, para efeito de acesso à via
recursal extraordinária - não dispensa o requisito essencial do
prequestionamento, que não se admite implícito. Precedentes.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DIREITO DE PROPRIEDADE - HIPÓTESE DE
VULNERAÇÃO OBLÍQUA AO TEXTO CONSTITUCIONAL.
- A alegação de ofensa à garantia dominial impõe, para
efeito de seu reconhecimento, a análise prévia da legislação comum,
pertinente à regência normativa do direito de propriedade, o que poderá
caracterizar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto da
Constituição, suficiente, por si só, para descaracterizar o próprio
cabimento do apelo extremo. Precedentes.
"DUE PROCESS OF LAW E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE".
- A garantia do devido processo legal exerce-se em
conformidade com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio
do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora
de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do
recurso extraordinário. Precedentes.
- A alegação de ofensa ao princípio da legalidade,
inscrito
no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por
si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação
tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do
ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em
tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera
transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.
Ementa
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO
ART. 5º, INCISOS XXII E LIV, DA CONSTITUIÇÃO - AUSÊNCIA DE OFENSA
DIRETA AO TEXTO CONSTITUCIONAL - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE -
RECURSO IMPROVIDO.
PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO E OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO.
- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, mesmo sob
a égide da Constituição de 1988, continua a exigir o prequestionamento
explícito da matéria constitucional. A ofensa à Lei Fundamental da
República - que se supõe direta e imediata, para efeito de acesso à via
recursal extraordinária - não dispensa o requisito essencial do
prequestionamento, que não se admite implícito. Precedentes.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DIREITO DE PROPRIEDADE - HIPÓTESE DE
VULNERAÇÃO OBLÍQUA AO TEXTO CONSTITUCIONAL.
- A alegação de ofensa à garantia dominial impõe, para
efeito de seu reconhecimento, a análise prévia da legislação comum,
pertinente à regência normativa do direito de propriedade, o que poderá
caracterizar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto da
Constituição, suficiente, por si só, para descaracterizar o próprio
cabimento do apelo extremo. Precedentes.
"DUE PROCESS OF LAW E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE".
- A garantia do devido processo legal exerce-se em
conformidade com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio
do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora
de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do
recurso extraordinário. Precedentes.
- A alegação de ofensa ao princípio da legalidade,
inscrito
no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por
si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação
tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do
ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em
tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera
transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.Decisão
Por unanimidade, a Turma negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Maurício Corrêa e Nelson Jobim. 2ª. Turma, 12.03.2002.
Data do Julgamento
:
12/03/2002
Data da Publicação
:
DJ 12-04-2002 PP-00060 EMENT VOL-02064-07 PP-01400
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE. : BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL - BRDE
ADVDOS. : JOSÉ LUIZ PEREIRA DIAS E OUTROS
AGDA. : COOPERATIVA AVÍCOLA VALE DO TAQUARI LTDA. - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL
ADVDOS. : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTROS
Mostrar discussão