STF AI 363159 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CADERNETA DE POUPANÇA -
CONTRATO DE DEPÓSITO VALIDAMENTE CELEBRADO - ATO JURÍDICO PERFEITO -
INTANGIBILIDADE CONSTITUCIONAL - CF/88, ART. 5º, XXXVI -
INAPLICABILIDADE DE LEI SUPERVENIENTE À DATA DA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO DE DEPÓSITO, MESMO QUANTO AOS EFEITOS FUTUROS DECORRENTES
DO AJUSTE NEGOCIAL - RECURSO IMPROVIDO.
- Os contratos
submetem-se, quanto ao seu estatuto de regência, ao ordenamento
normativo vigente à época de sua celebração. Mesmo os efeitos
futuros oriundos de contratos anteriormente celebrados não se expõem
ao domínio normativo de leis supervenientes. As conseqüências
jurídicas que emergem de um ajuste negocial válido são regidas pela
legislação em vigor no momento de sua pactuação. Os contratos - que
se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 547/215) - acham-se
protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos
futuros, pela norma de salvaguarda constante do art. 5o, XXXVI, da
Constituição da República. Doutrina e precedentes.
- A incidência
imediata da lei nova sobre os efeitos futuros de um contrato
preexistente, precisamente por afetar a própria causa geradora do
ajuste negocial, reveste-se de caráter retroativo (retroatividade
injusta de grau mínimo), achando-se desautorizada pela cláusula
constitucional que tutela a intangibilidade das situações jurídicas
definitivamente consolidadas. Precedentes.
Ementa
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CADERNETA DE POUPANÇA -
CONTRATO DE DEPÓSITO VALIDAMENTE CELEBRADO - ATO JURÍDICO PERFEITO -
INTANGIBILIDADE CONSTITUCIONAL - CF/88, ART. 5º, XXXVI -
INAPLICABILIDADE DE LEI SUPERVENIENTE À DATA DA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO DE DEPÓSITO, MESMO QUANTO AOS EFEITOS FUTUROS DECORRENTES
DO AJUSTE NEGOCIAL - RECURSO IMPROVIDO.
- Os contratos
submetem-se, quanto ao seu estatuto de regência, ao ordenamento
normativo vigente à época de sua celebração. Mesmo os efeitos
futuros oriundos de contratos anteriormente celebrados não se expõem
ao domínio normativo de leis supervenientes. As conseqüências
jurídicas que emergem de um ajuste negocial válido são regidas pela
legislação em vigor no momento de sua pactuação. Os contratos - que
se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 547/215) - acham-se
protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos
futuros, pela norma de salvaguarda constante do art. 5o, XXXVI, da
Constituição da República. Doutrina e precedentes.
- A incidência
imediata da lei nova sobre os efeitos futuros de um contrato
preexistente, precisamente por afetar a própria causa geradora do
ajuste negocial, reveste-se de caráter retroativo (retroatividade
injusta de grau mínimo), achando-se desautorizada pela cláusula
constitucional que tutela a intangibilidade das situações jurídicas
definitivamente consolidadas. Precedentes.Decisão
Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos
termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste
julgamento, os Senhores Ministros Carlos Velloso e Gilmar Mendes. 2ª
Turma, 16.08.2005.
Data do Julgamento
:
16/08/2005
Data da Publicação
:
DJ 03-02-2006 PP-00035 EMENT VOL-02219-07 PP-01359
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE. : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADVDOS. : ANTONIO GILVAN MELO E OUTROS
AGDA. : HILDA BARREIROS PIMENTA
Mostrar discussão