STF AI 468227 AgR / ES - ESPÍRITO SANTO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO TRABALHISTA.
PROVIMENTO DO RECURSO PELO RELATOR. OFENSA À CONSTITUIÇÃO. Questão
relativa a cabimento de recurso.
I. - Legitimidade constitucional
da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar seguimento a
pedido ou recurso e a dar provimento a este - R.I./S.T.F., art. 21,
§ 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557, redação da Lei
9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam as decisões ser
submetidas ao controle do Colegiado.
II. Somente a ofensa direta à
Constituição autoriza a admissão do recurso extraordinário. No caso,
o acórdão limita-se a interpretar normas
infraconstitucionais.
III. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.
IV.
- Alegação de ofensa ao inciso IX do art. 93, C.F.: improcedência,
porque o que pretende a recorrente, no ponto, é impugnar a decisão
que lhe é contrária, certo que o acórdão está suficientemente
fundamentado.
V. - A verificação, no caso concreto, da ocorrência,
ou não, de violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e
à coisa julgada, situa-se no campo infraconstitucional.
VI. -
Agravo não provido.
Ementa
CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO TRABALHISTA.
PROVIMENTO DO RECURSO PELO RELATOR. OFENSA À CONSTITUIÇÃO. Questão
relativa a cabimento de recurso.
I. - Legitimidade constitucional
da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar seguimento a
pedido ou recurso e a dar provimento a este - R.I./S.T.F., art. 21,
§ 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557, redação da Lei
9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam as decisões ser
submetidas ao controle do Colegiado.
II. Somente a ofensa direta à
Constituição autoriza a admissão do recurso extraordinário. No caso,
o acórdão limita-se a interpretar normas
infraconstitucionais.
III. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.
IV.
- Alegação de ofensa ao inciso IX do art. 93, C.F.: improcedência,
porque o que pretende a recorrente, no ponto, é impugnar a decisão
que lhe é contrária, certo que o acórdão está suficientemente
fundamentado.
V. - A verificação, no caso concreto, da ocorrência,
ou não, de violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e
à coisa julgada, situa-se no campo infraconstitucional.
VI. -
Agravo não provido.Decisão
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo. Ausentes,
justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello e a Senhora Ministra
Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Carlos
Velloso. 2ª. Turma, 09.03.2004.
Data do Julgamento
:
09/03/2004
Data da Publicação
:
DJ 26-03-2004 PP-00015 EMENT VOL-02145-08 PP-01571
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CARLOS VELLOSO
Parte(s)
:
AGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADVDO.(A/S) : WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ EDUARDO COELHO DIAS
ADVDO.(A/S) : JOSÉ EDUARDO COELHO DIAS E OUTRO (A/S)
Mostrar discussão