STF AI 476879 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO
INSCRITO NO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA
DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE -
RECURSO IMPROVIDO.
- A alegação de desrespeito ao postulado da
coisa julgada, por depender de exame prévio e necessário da
legislação comum, pode configurar, quando muito, situação
caracterizadora de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária. Precedentes.
- A discussão em torno
da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e
necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico,
conformam o fenômeno processual da "res judicata", torna incabível o
recurso extraordinário.
É que, em tal hipótese, a indagação em
torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o
exame, "in concreto", dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou
objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz
matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo
caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da
Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a
possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário.
Precedentes.
Ementa
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO
INSCRITO NO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA
DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE -
RECURSO IMPROVIDO.
- A alegação de desrespeito ao postulado da
coisa julgada, por depender de exame prévio e necessário da
legislação comum, pode configurar, quando muito, situação
caracterizadora de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária. Precedentes.
- A discussão em torno
da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e
necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico,
conformam o fenômeno processual da "res judicata", torna incabível o
recurso extraordinário.
É que, em tal hipótese, a indagação em
torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o
exame, "in concreto", dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou
objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz
matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo
caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da
Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a
possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário.
Precedentes.Decisão
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo,
nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 23.03.2004.
Data do Julgamento
:
23/03/2004
Data da Publicação
:
DJ 10-08-2006 PP-00027 EMENT VOL-02241-04 PP-00580
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE.(S) : OLINDA CLEB BORSATTO PINTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ELIANA TRAVERSO CALEGARI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -
UFRGS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Mostrar discussão