STF AI 524983 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. SINDICATO: CRIAÇÃO. C.F., art. 8º, I e II:
LIBERDADE e UNCIDADE SINDICAL.
I. - A C.F., art. 8º, I e II,
estabelece que é livre a associação profissional ou sindical,
condicionando essa liberdade apenas a duas restrições: primeira, a
obrigatoriedade do registro no órgão competente; segunda, que haverá
apenas uma organização representativa de categoria profissional ou
econômica na mesma base territorial, que não poderá ser inferior à
área de um Município, e que a base territorial será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados.
II. - O acórdão
recorrido, no caso, analisou a alegada ofensa aos princípios da
unicidade e da liberdade sindical a partir e tendo em consideração a
legislação infraconstitucional, arts. 570 e 571, CLT, e bem assim a
Lei 7.948, de 1986. Assim, para se chegar à questão constitucional,
seria necessário superar a interpretação das normas
infraconstitucionais.
III. - Ao Judiciário cabe, no conflito de
interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a.
Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a
lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o
contencioso constitucional.
IV. - Decisão contrária aos interesses
da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (CF, art.
5º, XXXV).
V. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: CF,
art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa,
dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a
preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso
extraordinário é a ofensa direta, frontal.
VI. - Alegação de ofensa
ao inciso IX do art. 93 da CF: improcedência, porque o que pretende
o recorrente, no ponto, é impugnar a decisão que lhe é contrária,
certo que o acórdão está suficientemente fundamentado.
VII. - A
questão constitucional do art. 5º, XXXVI, não foi
prequestionada.
VIII. - Agravo não provido.
Ementa
CONSTITUCIONAL. SINDICATO: CRIAÇÃO. C.F., art. 8º, I e II:
LIBERDADE e UNCIDADE SINDICAL.
I. - A C.F., art. 8º, I e II,
estabelece que é livre a associação profissional ou sindical,
condicionando essa liberdade apenas a duas restrições: primeira, a
obrigatoriedade do registro no órgão competente; segunda, que haverá
apenas uma organização representativa de categoria profissional ou
econômica na mesma base territorial, que não poderá ser inferior à
área de um Município, e que a base territorial será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados.
II. - O acórdão
recorrido, no caso, analisou a alegada ofensa aos princípios da
unicidade e da liberdade sindical a partir e tendo em consideração a
legislação infraconstitucional, arts. 570 e 571, CLT, e bem assim a
Lei 7.948, de 1986. Assim, para se chegar à questão constitucional,
seria necessário superar a interpretação das normas
infraconstitucionais.
III. - Ao Judiciário cabe, no conflito de
interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a.
Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a
lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o
contencioso constitucional.
IV. - Decisão contrária aos interesses
da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (CF, art.
5º, XXXV).
V. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: CF,
art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa,
dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a
preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso
extraordinário é a ofensa direta, frontal.
VI. - Alegação de ofensa
ao inciso IX do art. 93 da CF: improcedência, porque o que pretende
o recorrente, no ponto, é impugnar a decisão que lhe é contrária,
certo que o acórdão está suficientemente fundamentado.
VII. - A
questão constitucional do art. 5º, XXXVI, não foi
prequestionada.
VIII. - Agravo não provido.Decisão
Negou-se provimento, decisão unânime. Ausentes, justificadamente, neste
julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Ellen Gracie.
Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Carlos Velloso. 2ª Turma,
23.08.2005.
Data do Julgamento
:
23/08/2005
Data da Publicação
:
DJ 23-09-2005 PP-00030 EMENT VOL-02206-12 PP-02346 RDECTRAB v. 12, n. 135, 2005, p. 234-240
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CARLOS VELLOSO
Parte(s)
:
AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : HÉLIO CARVALHO SANTANA
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS AUXILIARES E TÉCNICOS DE
ENFERMAGEM DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - SATEMRJ
ADV.(A/S) : NÁDIA FONSECA BORGES
Mostrar discussão