STF AO 1402 / RR - RORAIMA AÇÃO ORIGINÁRIA
EMENTA: I. Supremo Tribunal Federal: competência originária: CF,
art. 102, I, n: reconhecimento: hipótese em que dos sete
desembargadores que integram o Tribunal de Justiça, três deles se
declaram impedidos por terem sido arrolados como testemunhas do
querelado e outro juiz afirmou suspeição por motivo de foro
íntimo.
II. Queixa-crime que imputa a Promotor de Justiça a
prática de crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), por
ter, na qualidade de agente do Ministério Público, subscrito
representação eleitoral contra o querelante: atipicidade do fato:
rejeição: falta de justa causa para a queixa.
1. O querelado,
atuando no exercício de suas atribuições funcionais, ofereceu
representação, com fundamento em fatos noticiados em denúncia
anônima, na qual levantou, em tese, suspeitas em torno da
independência funcional do magistrado para o exercício da judicatura
na esfera eleitoral.
2. Não houve atribuição, pelo querelado, de
nenhum fato específico que se revelasse apto a caracterizar a
prática de crime contra a honra do querelante.
Ementa
I. Supremo Tribunal Federal: competência originária: CF,
art. 102, I, n: reconhecimento: hipótese em que dos sete
desembargadores que integram o Tribunal de Justiça, três deles se
declaram impedidos por terem sido arrolados como testemunhas do
querelado e outro juiz afirmou suspeição por motivo de foro
íntimo.
II. Queixa-crime que imputa a Promotor de Justiça a
prática de crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), por
ter, na qualidade de agente do Ministério Público, subscrito
representação eleitoral contra o querelante: atipicidade do fato:
rejeição: falta de justa causa para a queixa.
1. O querelado,
atuando no exercício de suas atribuições funcionais, ofereceu
representação, com fundamento em fatos noticiados em denúncia
anônima, na qual levantou, em tese, suspeitas em torno da
independência funcional do magistrado para o exercício da judicatura
na esfera eleitoral.
2. Não houve atribuição, pelo querelado, de
nenhum fato específico que se revelasse apto a caracterizar a
prática de crime contra a honra do querelante.Decisão
A Turma afirmou a competência do Supremo Tribunal Federal (CF, 102, I,
n) e rejeitou a queixa-crime, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Ausentes, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio e a Ministra
Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 19.09.2006.
Data do Julgamento
:
19/09/2006
Data da Publicação
:
DJ 06-10-2006 PP-00042 EMENT VOL-02250-01 PP-00014 RTJ VOL-00201-01 PP-00057 LEXSTF v. 28, n. 336, 2006, p. 303-312 RMP n. 35, 2010, p. 215-222
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE
Parte(s)
:
QTE.(S) : LUIZ FERNANDO CASTANHEIRA MALLET
ADV.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS BATISTA E OUTRO(A/S)
QDO.(A/S) : ULISSES MORONI JUNIOR
ADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO CARVALHO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
Referência legislativa
:
LEG-FED CF ANO-1988
ART-00102 INC-00001 LET-N
CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LEG-FED DEL-002848 ANO-1940
ART-00138 ART-00139 ART-00140 ART-00141
INC-00002 INC-00003
CP-1940 CÓDIGO PENAL
LEG-FED LEI-005869 ANO-1973
ART-00135 PAR-ÚNICO INC-00002 INC-00004
INC-00005
CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Observação
:
- Acórdãos citados: Inq 1937 (RTJ 189/56), HC 81885.
Número de páginas: 12.
Análise: 17/10/2006, RMO.
Revisão: 19/12/2006, JOY.
Mostrar discussão