STF HC 69298 / AC - ACRE HABEAS CORPUS
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - INQUÉRITO POLICIAL ARQUIVADO -
RECONHECIMENTO, PELO MAGISTRADO SENTENCIANTE, DE QUE A EXISTÊNCIA
DE REFERIDO INQUÉRITO POLICIAL LEGITIMA A FORMULAÇÃO DE JUÍZO
NEGATIVO DE MAUS ANTECEDENTES - INADMISSIBILIDADE - OFENSA AO
POSTULADO CONSTITUCIONAL DA NÃO-CULPABILIDADE (CF, ART. 5º, LVII)
- CONSEQÜENTE REDUÇÃO DA PENA AO SEU MÍNIMO LEGAL - CONSUMAÇÃO DA
PRESCRIÇÃO PENAL - PEDIDO DEFERIDO EM PARTE.
- A mera sujeição
de alguém a simples investigações policiais (arquivadas ou não),
ou a persecuções criminais ainda em curso, não basta, só por si -
ante a inexistência, em tais situações, de condenação penal
transitada em julgado -, para justificar o reconhecimento de que
o réu não possui bons antecedentes. Somente a condenação penal
transitada em julgado pode justificar a exacerbação da pena, pois,
com o trânsito em julgado, descaracteriza-se a presunção "juris
tantum" de não-culpabilidade do réu, que passa, então, a ostentar
o "status" jurídico-penal de condenado, com todas as
conseqüências legais daí decorrentes. Precedentes. Doutrina.
Ementa
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - INQUÉRITO POLICIAL ARQUIVADO -
RECONHECIMENTO, PELO MAGISTRADO SENTENCIANTE, DE QUE A EXISTÊNCIA
DE REFERIDO INQUÉRITO POLICIAL LEGITIMA A FORMULAÇÃO DE JUÍZO
NEGATIVO DE MAUS ANTECEDENTES - INADMISSIBILIDADE - OFENSA AO
POSTULADO CONSTITUCIONAL DA NÃO-CULPABILIDADE (CF, ART. 5º, LVII)
- CONSEQÜENTE REDUÇÃO DA PENA AO SEU MÍNIMO LEGAL - CONSUMAÇÃO DA
PRESCRIÇÃO PENAL - PEDIDO DEFERIDO EM PARTE.
- A mera sujeição
de alguém a simples investigações policiais (arquivadas ou não),
ou a persecuções criminais ainda em curso, não basta, só por si -
ante a inexistência, em tais situações, de condenação penal
transitada em julgado -, para justificar o reconhecimento de que
o réu não possui bons antecedentes. Somente a condenação penal
transitada em julgado pode justificar a exacerbação da pena, pois,
com o trânsito em julgado, descaracteriza-se a presunção "juris
tantum" de não-culpabilidade do réu, que passa, então, a ostentar
o "status" jurídico-penal de condenado, com todas as
conseqüências legais daí decorrentes. Precedentes. Doutrina.Decisão
A Turma deferiu, em parte, o pedido de habeas corpus, para reduzir a
pena ao seu mínimo legal (dois anos de reclusão), reconhecendo, em
conseqüência, a prescrição da pretensão punitiva. Vencidos os Ministros
Relator e Octavio Gallotti que o indeferiam. Relator para o acórdão o
Ministro Celso de Mello. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro
Octavio Gallotti, na ausência ocasional do Senhor Ministro Moreira
Alves. 1ª Turma, 09.06.1992.
Data do Julgamento
:
Relator(a) p/ Acórdão: Min. CELSO DE MELLO
Data da Publicação
:
DJ 15-12-2006 PP-00093 EMENT VOL-02260-02 PP-00406
Órgão Julgador
:
undefined
Relator(a)
:
Min. ILMAR GALVÃO
Parte(s)
:
IMPTE. : DEMETRIO LOPES PARREIRA FILHO E OUTRO
COATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PACTE. : PEDRO JORGE LOURENCO DOS SANTOS
Mostrar discussão