STF HC 71125 / RJ - RIO DE JANEIRO HABEAS CORPUS
EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. BIS IN IDEM. CONDENAÇÃO POR
CRIMES DE USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA, NA FORMA QUALIFICADA, E DE
CORRUPÇÃO PASSIVA EXAURIDA (ART. 328, PARAGRAFO ÚNICO, E ART. 317,
PAR. 1., DO CP). NULIDADE NA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO
DA PENA.
A alegação de bis in idem, fundada na suposição de que
houve dupla incidencia penal a partir dos mesmos fatos, não se
justifica face ao quadro da narrativa acusatoria em que se distingue
o campo de abrangencia material de cada uma das condenações.
A imposição do regime inicial fechado para o cumprimento da
pena não se justifica, seja porque reconhecida na sentença a
primariedade, seja, ainda, porque o acórdão, ao reformar em parte a
condenação, diminuiu a sanção cominada, enquadrando-a, assim, nos
limites que autorizam objetivamente o regime semi-aberto.
Habeas corpus deferido para efeito de que seja fixado novo
regime prisional, considerando a pena cominada com o provimento da
apelação.::
Ementa
PENAL. HABEAS CORPUS. BIS IN IDEM. CONDENAÇÃO POR
CRIMES DE USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA, NA FORMA QUALIFICADA, E DE
CORRUPÇÃO PASSIVA EXAURIDA (ART. 328, PARAGRAFO ÚNICO, E ART. 317,
PAR. 1., DO CP). NULIDADE NA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO
DA PENA.
A alegação de bis in idem, fundada na suposição de que
houve dupla incidencia penal a partir dos mesmos fatos, não se
justifica face ao quadro da narrativa acusatoria em que se distingue
o campo de abrangencia material de cada uma das condenações.
A imposição do regime inicial fechado para o cumprimento da
pena não se justifica, seja porque reconhecida na sentença a
primariedade, seja, ainda, porque o acórdão, ao reformar em parte a
condenação, diminuiu a sanção cominada, enquadrando-a, assim, nos
limites que autorizam objetivamente o regime semi-aberto.
Habeas corpus deferido para efeito de que seja fixado novo
regime prisional, considerando a pena cominada com o provimento da
apelação.::Decisão
- A Turma deferiu, em parte, o pedido de habeas corpus, nos termos do
voto do Relator. Unânime. Falou pelo paciente o Dr. Joaquim Queiroga
Neto e pelo Ministério Público Federal o Dr. Miguel Frauzino Pereira.
1ª. Turma, 05.04.94.
Data do Julgamento
:
05/04/1994
Data da Publicação
:
DJ 09-09-1994 PP-23443 EMENT VOL-01757-02 PP-00366
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. ILMAR GALVÃO
Parte(s)
:
PACTE. : BISMARC RODRIGUES PINTO SOBRINHO
IMPTE. : JOAQUIM QUEIROGA NETO
COATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Mostrar discussão