STF HC 73297 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS
EMENTA: "HABEAS CORPUS". ESTELIONATO. ENTIDADE DE
DIREITO PÚBLICO. PENA: FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL:
FUNDAMENTAÇÃO SATISFATÓRIA: RÉ TECNICAMENTE PRIMÁRIA MAS COM
MAUS ANTECEDENTES. CRIME CONTINUADO: AUSÊNCIA DE
CONFIGURAÇÃO: INVOCAÇÃO PREMATURA.
1. Embora tecnicamente primária, não podem ser
considerados bons os antecedentes registrados na vida
pregressa da paciente que responde a mais de sessenta
inquéritos policiais já instaurados e a mais de vinte ações
penais, oito das quais em grau de recurso interposto pela
defesa no próprio tribunal apontado como coator.
2. A prática reiterada de delitos contra entidade
estatal, cometidos por servidora no exercício das funções de
chefia, com indicações de graves prejuízos à previdência
social, justifica a aplicação da pena acima do mínimo legal,
compatível com o preconizado no art. 59 do Código Penal.
3. De rejeitar-se a tese suscitada pelo
impetrante de que uma absolvição, ou mesmo mais de uma,
implica julgar-se improcedentes as demais ações penais
movidas contra o mesmo réu pela prática de ilícitos
criminais da mesma espécie.
4. Pendentes de conclusão alguns inquéritos
policiais instaurados contra a ré e ainda não julgados
alguns recursos por ela interpostos das decisões
monocráticas, faz-se prematuro invocar-se a configuração do
crime continuado.
Ementa
"HABEAS CORPUS". ESTELIONATO. ENTIDADE DE
DIREITO PÚBLICO. PENA: FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL:
FUNDAMENTAÇÃO SATISFATÓRIA: RÉ TECNICAMENTE PRIMÁRIA MAS COM
MAUS ANTECEDENTES. CRIME CONTINUADO: AUSÊNCIA DE
CONFIGURAÇÃO: INVOCAÇÃO PREMATURA.
1. Embora tecnicamente primária, não podem ser
considerados bons os antecedentes registrados na vida
pregressa da paciente que responde a mais de sessenta
inquéritos policiais já instaurados e a mais de vinte ações
penais, oito das quais em grau de recurso interposto pela
defesa no próprio tribunal apontado como coator.
2. A prática reiterada de delitos contra entidade
estatal, cometidos por servidora no exercício das funções de
chefia, com indicações de graves prejuízos à previdência
social, justifica a aplicação da pena acima do mínimo legal,
compatível com o preconizado no art. 59 do Código Penal.
3. De rejeitar-se a tese suscitada pelo
impetrante de que uma absolvição, ou mesmo mais de uma,
implica julgar-se improcedentes as demais ações penais
movidas contra o mesmo réu pela prática de ilícitos
criminais da mesma espécie.
4. Pendentes de conclusão alguns inquéritos
policiais instaurados contra a ré e ainda não julgados
alguns recursos por ela interpostos das decisões
monocráticas, faz-se prematuro invocar-se a configuração do
crime continuado.Decisão
Por unanimidade, a Turma indeferiu o habeas corpus, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.02.1996.
Data do Julgamento
:
06/02/1996
Data da Publicação
:
DJ 16-08-1996 PP-28108 EMENT VOL-01837-01 PP-00070
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. MAURÍCIO CORRÊA
Parte(s)
:
PACTE. : LICINIA APARECIDA GUAZZELLI
IMPTE. : ALFREDO DE ALMEIDA
COATOR : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3A. REGIAO
Mostrar discussão