STF HC 73579 / RS - RIO GRANDE DO SUL HABEAS CORPUS
EMENTA: Habeas corpus.
- Esta Corte, por ambas as suas Turmas, já firmou
orientação no sentido de que não há nulidade pela circunstância de,
em face de a tese da defesa ser a da ocorrência de homicídio
culposo, se haver formulado quesito sobre a negativa de dolo, ao
invés de se indagar se o réu agiu culposamente. Assim, nos habeas
corpus 60.950, 69.591, 71.100 e 70.418 (os três últimos julgados
posteriormente à vigência da atual Constituição).
Por outro lado, a posição sustentada pela impetração de que
o prejuízo estaria no fato de que, se acolhida a tese da defesa de
que o homicídio foi culposo, haveria desclassificação imprópria e o
Juiz singular estaria jungido a esse crime, ao contrário do que
sucederia se se negasse a ocorrência de homicídio doloso, quando,
havendo desclassificação própria, esse Juiz ficaria livre até para
optar pela lesão seguida de morte, não tem relevância, no caso,
porque o Júri reconheceu que a conduta do paciente foi dolosa, e,
portanto, como bem acentuou o parecer da Procuradoria-Geral da
República, "não há razão para pensar em termos de um hipotético
prejuízo na classificação do crime pelo juiz singular, caso houvesse
sido negado o dolo".
Habeas corpus indeferido.
Ementa
Habeas corpus.
- Esta Corte, por ambas as suas Turmas, já firmou
orientação no sentido de que não há nulidade pela circunstância de,
em face de a tese da defesa ser a da ocorrência de homicídio
culposo, se haver formulado quesito sobre a negativa de dolo, ao
invés de se indagar se o réu agiu culposamente. Assim, nos habeas
corpus 60.950, 69.591, 71.100 e 70.418 (os três últimos julgados
posteriormente à vigência da atual Constituição).
Por outro lado, a posição sustentada pela impetração de que
o prejuízo estaria no fato de que, se acolhida a tese da defesa de
que o homicídio foi culposo, haveria desclassificação imprópria e o
Juiz singular estaria jungido a esse crime, ao contrário do que
sucederia se se negasse a ocorrência de homicídio doloso, quando,
havendo desclassificação própria, esse Juiz ficaria livre até para
optar pela lesão seguida de morte, não tem relevância, no caso,
porque o Júri reconheceu que a conduta do paciente foi dolosa, e,
portanto, como bem acentuou o parecer da Procuradoria-Geral da
República, "não há razão para pensar em termos de um hipotético
prejuízo na classificação do crime pelo juiz singular, caso houvesse
sido negado o dolo".
Habeas corpus indeferido.Decisão
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma, 19.03.96.
Data do Julgamento
:
19/03/1996
Data da Publicação
:
DJ 13-12-1996 PP-50162 EMENT VOL-01854-03 PP-00581
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. MOREIRA ALVES
Parte(s)
:
PACTE. : NAURY FERNANDES PIAS
IMPTE. : PAULO OLIMPIO GOMES DE SOUZA E OUTRO
COATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Mostrar discussão