STF HC 76096 / PB - PARAÍBA HABEAS CORPUS
COMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. Na dicção da ilustrada maioria (seis votos a favor e cinco
contra), entendimento em relação ao qual guardo reservas, compete ao
Supremo Tribunal Federal julgar todo e qualquer habeas corpus
impetrado contra ato de tribunal, tenha este, ou não, qualificação
de superior.
CRIME CONTRA OS COSTUMES - REPRESENTAÇÃO - POBREZA DA
VÍTIMA. Descabe, na via estreita do habeas corpus, reexaminar os
elementos probatórios dos autos para concluir-se pela suficiência
econômica da vítima.
CRIME CONTRA OS COSTUMES - ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO - POBREZA DA VÍTIMA - ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO. O fato de
haver atuado, na ação penal, assistente de acusação não conduz, por
si só, ao afastamento da miserabilidade admitida. Precedente:
Recurso em Habeas Corpus nº 52.269-74/PA, Relator Ministro Bilac
Pinto, acórdão publicado no Diário da Justiça de 6 de setembro de
1974.
VÍTIMA - AUDIÇÃO. Não se há de cogitar de nulidade se
a vítima, arrolada como declarante pelo Ministério Público, não
chegou a ser ouvida em face de dificuldades na localização, e os
elementos probatórios dos autos respaldam os fatos narrados por ela,
quer na representação, quer na fase do inquérito policial, a
consubstanciarem crime contra os costumes.
Ementa
COMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. Na dicção da ilustrada maioria (seis votos a favor e cinco
contra), entendimento em relação ao qual guardo reservas, compete ao
Supremo Tribunal Federal julgar todo e qualquer habeas corpus
impetrado contra ato de tribunal, tenha este, ou não, qualificação
de superior.
CRIME CONTRA OS COSTUMES - REPRESENTAÇÃO - POBREZA DA
VÍTIMA. Descabe, na via estreita do habeas corpus, reexaminar os
elementos probatórios dos autos para concluir-se pela suficiência
econômica da vítima.
CRIME CONTRA OS COSTUMES - ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO - POBREZA DA VÍTIMA - ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO. O fato de
haver atuado, na ação penal, assistente de acusação não conduz, por
si só, ao afastamento da miserabilidade admitida. Precedente:
Recurso em Habeas Corpus nº 52.269-74/PA, Relator Ministro Bilac
Pinto, acórdão publicado no Diário da Justiça de 6 de setembro de
1974.
VÍTIMA - AUDIÇÃO. Não se há de cogitar de nulidade se
a vítima, arrolada como declarante pelo Ministério Público, não
chegou a ser ouvida em face de dificuldades na localização, e os
elementos probatórios dos autos respaldam os fatos narrados por ela,
quer na representação, quer na fase do inquérito policial, a
consubstanciarem crime contra os costumes.Decisão
Por unanimidade, a Turma indeferiu o habeas corpus. Ausente,
justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Carlos Velloso.
Falou, pelo paciente, o Dr. José Alves Cardoso e, pelo Ministério
Público Federal, o Dr. Edinaldo de Holanda Borges. 2ª Turma, 26.05.98.
Data do Julgamento
:
26/05/1998
Data da Publicação
:
DJ 14-08-1998 PP-00003 EMENT VOL-01918-01 PP-00090
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. MARCO AURÉLIO
Parte(s)
:
PACTE. : AMAURI DE LIMA COSTA
IMPTES. : JOSÉ ALVES CARDOSO E OUTRO
COATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA
Mostrar discussão