STF HC 76550 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS
EMENTA: - DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL.
ESTELIONATO CONTINUADO. PENA: FIXAÇÃO: ARTS. 59, 61, 68 E
71 DO CÓDIGO PENAL: ANTECEDENTES. REINCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE "BIS IN
IDEM": INOCORRÊNCIA.
"HABEAS CORPUS".
1. A sentença de 1º grau, apesar de certa imprecisão
terminológica, não deixou de fixar a pena inicial acima do mínimo
legal, em face dos péssimos antecedentes policiais e judiciais (art.
59 do Código Penal), de agravá-la, em face da reincidência, para só
depois passar ao acréscimo pelo crime continuado (art. 71).
Cumpriu, pois, a exigência do art. 68 do Código Penal,
segundo o qual a pena-base, ou a pena inicialmente fixada, atenderá
ao critério do art. 59; em seguida serão consideradas as
circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por último, as causas de
diminuição e de aumento.
2. E o acórdão, quanto ao ora paciente, limitou-se a
modificar a sentença, no ponto em que só aplicou o acréscimo de 1/6,
pela continuidade delitiva. É que ao órgão colegiado pareceu
excessivamente benigna a sentença, nesse particular, pois, em se
tratando de 18 (dezoito) estelionatos em continuação, o acréscimo
haveria de ser bem maior, ou seja, de 2/3 (dois terços).
3. Ora, à vista da pena inicialmente fixada (1 ano e 2
meses), da agravação, pela reincidência, para 1 ano, 4 meses e 10
dias, da majoração de 2/3, em razão da continuidade delitiva,
haveria mesmo de resultar a pena definitiva de 2 (dois) anos, 3
(três) meses e 10 (dez) dias, que foi a imposta no acórdão
impugnado.
4. Na inicial não se chega a sustentar que os maus
antecedentes "policiais e judiciais", a que se referiu a sentença,
são os mesmos fatos que justificaram a condenação caracterizadora da
reincidência.
A sentença fez separação de uma coisa e outra.
E os autos não evidenciam que tenha havido um "bis in
idem".
5. "H.C." indeferido, por indemonstrado qualquer prejuízo
para o paciente.
Ementa
- DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL.
ESTELIONATO CONTINUADO. PENA: FIXAÇÃO: ARTS. 59, 61, 68 E
71 DO CÓDIGO PENAL: ANTECEDENTES. REINCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE "BIS IN
IDEM": INOCORRÊNCIA.
"HABEAS CORPUS".
1. A sentença de 1º grau, apesar de certa imprecisão
terminológica, não deixou de fixar a pena inicial acima do mínimo
legal, em face dos péssimos antecedentes policiais e judiciais (art.
59 do Código Penal), de agravá-la, em face da reincidência, para só
depois passar ao acréscimo pelo crime continuado (art. 71).
Cumpriu, pois, a exigência do art. 68 do Código Penal,
segundo o qual a pena-base, ou a pena inicialmente fixada, atenderá
ao critério do art. 59; em seguida serão consideradas as
circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por último, as causas de
diminuição e de aumento.
2. E o acórdão, quanto ao ora paciente, limitou-se a
modificar a sentença, no ponto em que só aplicou o acréscimo de 1/6,
pela continuidade delitiva. É que ao órgão colegiado pareceu
excessivamente benigna a sentença, nesse particular, pois, em se
tratando de 18 (dezoito) estelionatos em continuação, o acréscimo
haveria de ser bem maior, ou seja, de 2/3 (dois terços).
3. Ora, à vista da pena inicialmente fixada (1 ano e 2
meses), da agravação, pela reincidência, para 1 ano, 4 meses e 10
dias, da majoração de 2/3, em razão da continuidade delitiva,
haveria mesmo de resultar a pena definitiva de 2 (dois) anos, 3
(três) meses e 10 (dez) dias, que foi a imposta no acórdão
impugnado.
4. Na inicial não se chega a sustentar que os maus
antecedentes "policiais e judiciais", a que se referiu a sentença,
são os mesmos fatos que justificaram a condenação caracterizadora da
reincidência.
A sentença fez separação de uma coisa e outra.
E os autos não evidenciam que tenha havido um "bis in
idem".
5. "H.C." indeferido, por indemonstrado qualquer prejuízo
para o paciente.Decisão
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma,
12.05.1998.
Data do Julgamento
:
12/05/1998
Data da Publicação
:
DJ 18-09-1998 PP-00004 EMENT VOL-01923-02 PP-00235
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. SYDNEY SANCHES
Parte(s)
:
PACTE. : JOSÉ CARLOS VÍTOR DOS SANTOS
IMPTE. : ALFREDO AUGUSTO ROCHA
COATOR : TRIBUNAL DE ALÇADA CRIMINAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Mostrar discussão