STF HC 79345 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS
E M E N T A: PENA DE MULTA - DOUTRINA BRASILEIRA DO "HABEAS CORPUS"
- CESSAÇÃO (REFORMA CONSTITUCIONAL DE 1926) - IMPOSSIBILIDADE DE
OFENSA À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO FÍSICA - DESCABIMENTO DA AÇÃO DE
"HABEAS CORPUS" - PEDIDO NÃO CONHECIDO.
- É insuscetível de
conhecimento o remédio constitucional de "habeas corpus", quando
utilizado com o objetivo de impugnar decisão que impôs, ao
paciente, unicamente, a pena de multa. Não mais sendo
juridicamente possível a conversão, em pena de prisão, da sanção
pecuniária prevista nas leis penais (Lei nº 9.268/96) - inclusive
na hipótese a que se refere o art. 85 da Lei nº 9.099/95 -,
inocorre, por isso mesmo, situação de constrangimento à liberdade
de locomoção física da pessoa, circunstância esta que torna
inadmissível a utilização do "writ" constitucional.
Precedentes.
A FUNÇÃO CLÁSSICA DO "HABEAS CORPUS"
RESTRINGE-SE À ESTREITA TUTELA DA IMEDIATA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
FÍSICA DAS PESSOAS.
- A ação de "habeas corpus" - desde que
inexistente qualquer situação de dano efetivo ou de risco
potencial ao "jus manendi, ambulandi, eundi ultro citroque" - não
se revela cabível, mesmo quando ajuizada para discutir eventual
nulidade do processo penal em que proferida decisão condenatória
definitivamente executada.
Esse entendimento decorre da
circunstância histórica de a Reforma Constitucional de 1926 - que
importou na cessação da doutrina brasileira do "habeas corpus" -
haver restaurado a função clássica desse extraordinário remédio
processual, destinando-o, quanto à sua finalidade, à específica
tutela jurisdicional da imediata liberdade de locomoção física
das pessoas. Precedentes.
Ementa
E M E N T A: PENA DE MULTA - DOUTRINA BRASILEIRA DO "HABEAS CORPUS"
- CESSAÇÃO (REFORMA CONSTITUCIONAL DE 1926) - IMPOSSIBILIDADE DE
OFENSA À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO FÍSICA - DESCABIMENTO DA AÇÃO DE
"HABEAS CORPUS" - PEDIDO NÃO CONHECIDO.
- É insuscetível de
conhecimento o remédio constitucional de "habeas corpus", quando
utilizado com o objetivo de impugnar decisão que impôs, ao
paciente, unicamente, a pena de multa. Não mais sendo
juridicamente possível a conversão, em pena de prisão, da sanção
pecuniária prevista nas leis penais (Lei nº 9.268/96) - inclusive
na hipótese a que se refere o art. 85 da Lei nº 9.099/95 -,
inocorre, por isso mesmo, situação de constrangimento à liberdade
de locomoção física da pessoa, circunstância esta que torna
inadmissível a utilização do "writ" constitucional.
Precedentes.
A FUNÇÃO CLÁSSICA DO "HABEAS CORPUS"
RESTRINGE-SE À ESTREITA TUTELA DA IMEDIATA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
FÍSICA DAS PESSOAS.
- A ação de "habeas corpus" - desde que
inexistente qualquer situação de dano efetivo ou de risco
potencial ao "jus manendi, ambulandi, eundi ultro citroque" - não
se revela cabível, mesmo quando ajuizada para discutir eventual
nulidade do processo penal em que proferida decisão condenatória
definitivamente executada.
Esse entendimento decorre da
circunstância histórica de a Reforma Constitucional de 1926 - que
importou na cessação da doutrina brasileira do "habeas corpus" -
haver restaurado a função clássica desse extraordinário remédio
processual, destinando-o, quanto à sua finalidade, à específica
tutela jurisdicional da imediata liberdade de locomoção física
das pessoas. Precedentes.Decisão
Por unanimidade, a Turma não conheceu do habeas corpus,
por haver sido imposta à paciente tão-só a pena de multa. 2a.
Turma, 16.11.99.
Data do Julgamento
:
16/11/1999
Data da Publicação
:
DJe-030 DIVULG 12-02-2009 PUBLIC 13-02-2009 EMENT VOL-02348-02 PP-00289
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
PACTE.: JOSELMA DE CÁSSIA COLÓSIO
IMPTES.: KLEBER FERREIRA SANTOS E OUTRO
COATOR: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Mostrar discussão