main-banner

Jurisprudência


STF HC 79489 / PE - PERNAMBUCO HABEAS CORPUS

Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. EXCESSO DE LINGUAGEM. A transcrição da denúncia no relatório da sentença de pronúncia, não é seu fundamento. Só seria fundamento da pronúncia se fosse incorporada na parte decisória. Não há nulidade. A adoção das razões finais do Ministério Público, como razões de decidir, excede a natureza da pronúncia, que é juízo de probabilidade da acusação perante o Tribunal do Júri. Nulidade caracterizada. A sentença de pronúncia é decisão interlocutória, cuja parte final é de natureza meramente classificatória e provisória. Por isso, se o juiz julga procedente a ação penal, em sede de pronúncia, comete excesso de linguagem. Habeas Corpus deferido.
Decisão
Por unanimidade, a Turma deferiu o habeas corpus e anulou a sentença de pronúncia, determinando que outra decisão seja prolatada, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo paciente, o Dr. Boris Trindade e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Mardem Costa Pinto. 2ª. Turma, 16.11.99.

Data do Julgamento : 16/11/1999
Data da Publicação : DJ 07-06-2002 PP-00103 EMENT VOL-02072-02 PP-00330
Órgão Julgador : Segunda Turma
Relator(a) : Min. NELSON JOBIM
Parte(s) : PACTE. : OSCAR ARACATY ROCHA DE LIMA IMPTE. : BÓRIS TRINDADE COATOR : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Mostrar discussão