STF HC 86606 / MS - MATO GROSSO DO SUL HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PERSECUÇÃO PENAL NA
JUSTIÇA MILITAR POR FATO JULGADO NO JUIZADO ESPECIAL DE PEQUENAS
CAUSAS, COM TRÂNSITO EM JULGADO: IMPOSSIBILIDADE: CONSTRANGIMENTO
ILEGAL CARACTERIZADO. ADOÇÃO DO PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM.
HABEAS CORPUS CONCEDIDO.
1. Configura constrangimento ilegal a
continuidade da persecução penal militar por fato já julgado pelo
Juizado Especial de Pequenas Causas, com decisão penal
definitiva.
2. A decisão que declarou extinta a punibilidade em
favor do Paciente, ainda que prolatada com suposto vício de
incompetência de juízo, é susceptível de trânsito em julgado e
produz efeitos.
A adoção do princípio do ne bis in idem pelo
ordenamento jurídico penal complementa os direitos e as garantias
individuais previstos pela Constituição da República, cuja
interpretação sistemática leva à conclusão de que o direito à
liberdade, com apoio em coisa julgada material, prevalece sobre o
dever estatal de acusar. Precedentes.
3. Habeas corpus
concedido.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PERSECUÇÃO PENAL NA
JUSTIÇA MILITAR POR FATO JULGADO NO JUIZADO ESPECIAL DE PEQUENAS
CAUSAS, COM TRÂNSITO EM JULGADO: IMPOSSIBILIDADE: CONSTRANGIMENTO
ILEGAL CARACTERIZADO. ADOÇÃO DO PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM.
HABEAS CORPUS CONCEDIDO.
1. Configura constrangimento ilegal a
continuidade da persecução penal militar por fato já julgado pelo
Juizado Especial de Pequenas Causas, com decisão penal
definitiva.
2. A decisão que declarou extinta a punibilidade em
favor do Paciente, ainda que prolatada com suposto vício de
incompetência de juízo, é susceptível de trânsito em julgado e
produz efeitos.
A adoção do princípio do ne bis in idem pelo
ordenamento jurídico penal complementa os direitos e as garantias
individuais previstos pela Constituição da República, cuja
interpretação sistemática leva à conclusão de que o direito à
liberdade, com apoio em coisa julgada material, prevalece sobre o
dever estatal de acusar. Precedentes.
3. Habeas corpus
concedido.Decisão
A Turma deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto da
Relatora. Unânime. Presidiu o julgamento o Ministro Carlos Britto. Não
participou, justificadamente, deste julgamento o Ministro Marco
Aurélio. Ausente, justificadamente, o Ministro Sepúlveda Pertence. 1ª.
Turma, 22.05.2007.
Data do Julgamento
:
22/05/2007
Data da Publicação
:
DJe-072 DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-2007 PP-00086 EMENT VOL-02283-04 PP-00638
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CÁRMEN LÚCIA
Parte(s)
:
PACTE.(S) : FÁBIO PAIM MENEZES LOPES OU FÁBIO PAIM DE
MENEZES LOPES
IMPTE.(S) : EDILSON MAGRO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Mostrar discussão