STF HC 88334 / PA - PARÁ HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME MILITAR IMPUTADO A CIVIL. ROUBO DE UM
FUZIL DO QUARTEL MILITAR DE IMPERATRIZ/MA. REVELIA. CONDENAÇÃO A
NOVE ANOS E UM MÊS DE RECLUSÃO. NULIDADE DO PROCESSO-CRIME POR
VÍCIO DE CITAÇÃO E PELA CONSTITUIÇÃO DE DEFENSOR DATIVO AO
ACUSADO.
Revela-se lícita a citação por edital quando o acusado
é procurado e não é encontrado no único endereço por ele próprio
fornecido.
A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no
sentido de que o advogado que acompanhou o acusado na fase
inquisitorial deve ser intimado para a promoção da defesa do réu,
mesmo que este seja declarado revel. Isto porque o decreto de
revelia não retira do acusado o direito de se defender.
Se o
advogado que acompanhou o acusado na fase pré-processual,
após tomar conhecimento da ação penal instaurada contra seu
cliente, renuncia ao instrumento de mandato que lhe foi
conferido, então não há opção ao magistrado processante que não
seja a de nomear advogado dativo ao acusado.
Compete à defesa
demonstrar que a atuação do defensor dativo causou efetivo
prejuízo ao acusado.
Ordem denegada.
Ementa
HABEAS CORPUS. CRIME MILITAR IMPUTADO A CIVIL. ROUBO DE UM
FUZIL DO QUARTEL MILITAR DE IMPERATRIZ/MA. REVELIA. CONDENAÇÃO A
NOVE ANOS E UM MÊS DE RECLUSÃO. NULIDADE DO PROCESSO-CRIME POR
VÍCIO DE CITAÇÃO E PELA CONSTITUIÇÃO DE DEFENSOR DATIVO AO
ACUSADO.
Revela-se lícita a citação por edital quando o acusado
é procurado e não é encontrado no único endereço por ele próprio
fornecido.
A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no
sentido de que o advogado que acompanhou o acusado na fase
inquisitorial deve ser intimado para a promoção da defesa do réu,
mesmo que este seja declarado revel. Isto porque o decreto de
revelia não retira do acusado o direito de se defender.
Se o
advogado que acompanhou o acusado na fase pré-processual,
após tomar conhecimento da ação penal instaurada contra seu
cliente, renuncia ao instrumento de mandato que lhe foi
conferido, então não há opção ao magistrado processante que não
seja a de nomear advogado dativo ao acusado.
Compete à defesa
demonstrar que a atuação do defensor dativo causou efetivo
prejuízo ao acusado.
Ordem denegada.Decisão
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidiu o julgamento o Ministro Marco Aurélio.
Ausentes, justificadamente, o Ministro Sepúlveda Pertence e a Ministra
Cármen Lúcia. Falou pelo paciente o Dr. Carlos Gelio Alves de Souza.
1ª. Turma, 12.09.2006.
Data do Julgamento
:
12/09/2006
Data da Publicação
:
DJ 16-03-2007 PP-00031 EMENT VOL-02268-03 PP-00489 RCJ v. 21, n. 136, 2007, p. 148-149
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CARLOS BRITTO
Parte(s)
:
PACTE.(S) : LUIS MARTINS ALVES FILHO
IMPTE.(S) : DANILO DAVID RIBEIRO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO PROCESSO Nº 2005020482318 DO
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Mostrar discussão