STF HC 89398 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUTORIDADE COATORA.
PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. SUSPENSÃO
DE ATOS INVESTIGATÓRIOS. MATÉRIA JORNALÍSTICA. INEXISTÊNCIA DE
COAÇÃO OU AMEAÇA DE COAÇÃO. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS DENEGADO.
1. O presente habeas corpus, que visa ao trancamento de
eventual inquérito e ação penal, não se justifica, quando se
cuida de fatos simplesmente noticiados em reportagens
jornalísticas sem referência a ato da autoridade tida como
coatora.
O trancamento de inquéritos e ações penais em curso - o
que não se vislumbra na hipótese dos autos - só é admissível
quando verificadas a atipicidade da conduta, a extinção da
punibilidade ou a ausência de elementos indiciários
demonstrativos de autoria e prova da materialidade.
Precedentes.
2. O Ministério Público é o órgão competente
constitucionalmente para o desempenho da persecução penal, e não
há constrangimento ilegal algum na eventual apreciação de
documentos fornecidos ao Procurador-Geral da República pela
Comissão Parlamentar de Inquérito.
Ainda que se considerasse a
possibilidade concreta e verdadeiramente iminente de instauração
de procedimento criminal contra o Paciente, o que não se dá na
espécie, é certo que a autoridade coatora não seria o
Procurador-Geral da República, mas sim autoridade policial ou
mesmo órgão ministerial atuante na primeira instância, em razão
de fazer jus o Paciente a foro especial, nem se enquadrar em
circunstâncias outras capazes de atrair a atuação direta do chefe
do Ministério Público Federal. Precedentes.
3. Habeas corpus
denegado.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUTORIDADE COATORA.
PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. SUSPENSÃO
DE ATOS INVESTIGATÓRIOS. MATÉRIA JORNALÍSTICA. INEXISTÊNCIA DE
COAÇÃO OU AMEAÇA DE COAÇÃO. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS DENEGADO.
1. O presente habeas corpus, que visa ao trancamento de
eventual inquérito e ação penal, não se justifica, quando se
cuida de fatos simplesmente noticiados em reportagens
jornalísticas sem referência a ato da autoridade tida como
coatora.
O trancamento de inquéritos e ações penais em curso - o
que não se vislumbra na hipótese dos autos - só é admissível
quando verificadas a atipicidade da conduta, a extinção da
punibilidade ou a ausência de elementos indiciários
demonstrativos de autoria e prova da materialidade.
Precedentes.
2. O Ministério Público é o órgão competente
constitucionalmente para o desempenho da persecução penal, e não
há constrangimento ilegal algum na eventual apreciação de
documentos fornecidos ao Procurador-Geral da República pela
Comissão Parlamentar de Inquérito.
Ainda que se considerasse a
possibilidade concreta e verdadeiramente iminente de instauração
de procedimento criminal contra o Paciente, o que não se dá na
espécie, é certo que a autoridade coatora não seria o
Procurador-Geral da República, mas sim autoridade policial ou
mesmo órgão ministerial atuante na primeira instância, em razão
de fazer jus o Paciente a foro especial, nem se enquadrar em
circunstâncias outras capazes de atrair a atuação direta do chefe
do Ministério Público Federal. Precedentes.
3. Habeas corpus
denegado.Decisão
O Tribunal, à unanimidade e nos termos do voto da Relatora,
denegou a ordem. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Carlos Britto, Joaquim Barbosa e Eros Grau. Presidiu o
julgamento a Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 20.09.2007.
Data do Julgamento
:
20/09/2007
Data da Publicação
:
DJe-131 DIVULG 25-10-2007 PUBLIC 26-10-2007 DJ 26-10-2007 PP-00041 EMENT VOL-02295-05 PP-00828 RTJ VOL-00202-03 PP-01181
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. CÁRMEN LÚCIA
Parte(s)
:
PACTE.(S): ARTUR CAVALIERI
IMPTE.(S): PAULO ROBERTO DA SILVA PASSOS
COATOR(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Mostrar discussão