STF HC 89671 / RJ - RIO DE JANEIRO HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. PENA-BASE
EXASPERADA. MATÉRIA DECIDIDA PELO STJ EM OUTRA IMPETRAÇÃO:
PREJUDICIALIDADE. QUESITAÇÃO DEFICIENTE E INDEVIDA OITIVA DE
CO-RÉU EM PLENÁRIO, NA CONDIÇÃO DE TESTEMUNHA: ALEGAÇÕES
IMPROCEDENTES.
NULIDADES QUE NÃO FORAM OBJETO DE PROTESTO EM ATA
DE JULGAMENTO: PRECLUSÃO.
1. Alegação de constrangimento ilegal
fundada na exasperação da pena-base, sem fundamento para tal.
Matéria prejudicada em virtude do deferimento de outro habeas
corpus, pelo STJ, para determinar o recálculo da
pena-base.
2. Quesitação deficiente, na qual há referência ao
paciente como executor do crime e não como mandante.
Improcedência. Se o mandante do crime estabelece objetiva e
claramente o modo de sua execução e o executor afasta-se dos
limites postos, a conduta deste último ganha autonomia e ele é o
único responsável pela extensão conferida ao ato de matar. Mas se
o mandante paga a empreitada criminosa, deixando ao executor
realizá-la como melhor lhe aprouver, adere por omissão à conduta
do executor, dela assim participando.
3. Oitiva de co-réu em
plenário, na condição de testemunha. Inocorrência: ao contrário
do que sustentado na inicial, o co-réu não foi ouvido na condição
de testemunha, mas de informante, não lhe sendo exigido o
compromisso legal de falar a verdade. Por ser informante, e não
testemunha, não cabe invocar a norma processual que requer o
arrolamento no prazo legal.
4. Nenhuma das nulidades alegadas
foi objeto de protesto em ata de julgamento, o que importa em que
estejam acobertas pela preclusão.
Habeas corpus conhecido em
parte e denegado.
Ementa
HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. PENA-BASE
EXASPERADA. MATÉRIA DECIDIDA PELO STJ EM OUTRA IMPETRAÇÃO:
PREJUDICIALIDADE. QUESITAÇÃO DEFICIENTE E INDEVIDA OITIVA DE
CO-RÉU EM PLENÁRIO, NA CONDIÇÃO DE TESTEMUNHA: ALEGAÇÕES
IMPROCEDENTES.
NULIDADES QUE NÃO FORAM OBJETO DE PROTESTO EM ATA
DE JULGAMENTO: PRECLUSÃO.
1. Alegação de constrangimento ilegal
fundada na exasperação da pena-base, sem fundamento para tal.
Matéria prejudicada em virtude do deferimento de outro habeas
corpus, pelo STJ, para determinar o recálculo da
pena-base.
2. Quesitação deficiente, na qual há referência ao
paciente como executor do crime e não como mandante.
Improcedência. Se o mandante do crime estabelece objetiva e
claramente o modo de sua execução e o executor afasta-se dos
limites postos, a conduta deste último ganha autonomia e ele é o
único responsável pela extensão conferida ao ato de matar. Mas se
o mandante paga a empreitada criminosa, deixando ao executor
realizá-la como melhor lhe aprouver, adere por omissão à conduta
do executor, dela assim participando.
3. Oitiva de co-réu em
plenário, na condição de testemunha. Inocorrência: ao contrário
do que sustentado na inicial, o co-réu não foi ouvido na condição
de testemunha, mas de informante, não lhe sendo exigido o
compromisso legal de falar a verdade. Por ser informante, e não
testemunha, não cabe invocar a norma processual que requer o
arrolamento no prazo legal.
4. Nenhuma das nulidades alegadas
foi objeto de protesto em ata de julgamento, o que importa em que
estejam acobertas pela preclusão.
Habeas corpus conhecido em
parte e denegado.Decisão
A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos
termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento,
o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.11.2006
Data do Julgamento
:
28/11/2006
Data da Publicação
:
DJ 16-02-2007 PP-00086 EMENT VOL-02264-02 PP-00441 LEXSTF v. 29, n. 340, 2007, p. 435-440
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. EROS GRAU
Parte(s)
:
PACTE.(S) : OSÉIAS MARQUES DA SILVA OU OSÉAS MARQUES DA
SILVA OU OZÉIAS MARQUES DA SILVA OU OZEAS MARQUES DA SILVA
IMPTE.(S) : EDISON FERREIRA DE LIMA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Mostrar discussão