STF HC 90813 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA.
MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
DOSIMETRIA DA PENA. REGIME PRISIONAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
VERIFICADO DE PLANO. AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA. ORDEM
CONHECIDA PARCIALMENTE E, NESSA PARTE, DENEGADA.
1. O Paciente
não tem direito à concessão da ordem de ofício apenas por ter
perdurado na custódia cautelar por tempo suficiente para a
conquista dos benefícios da progressão de regime ou do livramento
condicional.
2. Embora a jurisprudência do Supremo Tribunal não
reclame o trânsito em julgado da condenação para a concessão dos
mencionados benefícios, somente ao juízo de origem ou da execução
criminal competente cabe avaliar se estão presentes os requisitos
objetivos e subjetivos para a sua concessão nos processos
criminais aos quais responde o Paciente, sob pena de supressão
de instância. Necessidade de ser o juízo competente provocado
pelo Paciente.
3. O habeas corpus não pode ser conhecido na
parte relativa à fixação da pena e ao regime prisional por não
terem sido objeto de apreicação nas instâncias a quo. , O seu
exame pelo Supremo Tribunal, nesta ação, configuraria indevida
supressão de instância.
4. Habeas corpus conhecido parcialmente
e, nessa parte, denegado.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA.
MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
DOSIMETRIA DA PENA. REGIME PRISIONAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
VERIFICADO DE PLANO. AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA. ORDEM
CONHECIDA PARCIALMENTE E, NESSA PARTE, DENEGADA.
1. O Paciente
não tem direito à concessão da ordem de ofício apenas por ter
perdurado na custódia cautelar por tempo suficiente para a
conquista dos benefícios da progressão de regime ou do livramento
condicional.
2. Embora a jurisprudência do Supremo Tribunal não
reclame o trânsito em julgado da condenação para a concessão dos
mencionados benefícios, somente ao juízo de origem ou da execução
criminal competente cabe avaliar se estão presentes os requisitos
objetivos e subjetivos para a sua concessão nos processos
criminais aos quais responde o Paciente, sob pena de supressão
de instância. Necessidade de ser o juízo competente provocado
pelo Paciente.
3. O habeas corpus não pode ser conhecido na
parte relativa à fixação da pena e ao regime prisional por não
terem sido objeto de apreicação nas instâncias a quo. , O seu
exame pelo Supremo Tribunal, nesta ação, configuraria indevida
supressão de instância.
4. Habeas corpus conhecido parcialmente
e, nessa parte, denegado.Decisão
Por maioria de votos, a Turma conheceu, em parte, do pedido de habeas
corpus, mas, nesta parte, o indeferiu; vencido o Ministro Marco
Aurélio. 1ª. Turma, 24.04.2007.
Data do Julgamento
:
24/04/2007
Data da Publicação
:
DJe-023 DIVULG 24-05-2007 PUBLIC 25-05-2007 DJ 25-05-2007 PP-00077 EMENT VOL-02277-02 PP-00300 LEXSTF v. 29, n. 343, 2007, p. 501-509
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CÁRMEN LÚCIA
Parte(s)
:
PACTE.(S) : EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOS
IMPTE.(S) : EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOS
ADV.(A/S) : UMBERTO RICARDO DE MELO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Mostrar discussão