STF Inq 2430 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL AG.REG.NO INQUÉRITO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. INQUÉRITO. ENTREVISTA CONCEDIDA A
PERIÓDICO, COM NÍTIDOS PROPÓSITOS ELEITORAIS E
POLÍTICO-PARTIDÁRIOS. AÇÃO PENAL PÚBLICA. ILEGITIMIDADE ATIVA DO
QUERELANTE. ATIPICIDADE. ARQUIVAMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.
Se os
fatos tidos por criminosos foram perpetrados, unicamente, com
objetivos eleitorais, conforme reconheceu, inclusive, o
querelante, estão, por isso mesmo, sujeitos à incidência das
disposições penais previstas no Código Eleitoral, que os sujeita
à ação penal pública.
Ilegitimidade ativa do querelante para
atuar em juízo.
De qualquer sorte, não teria viabilidade a
pretensão deduzida nestes autos, tendo em vista a atipicidade dos
fatos atribuídos ao querelado.
Em nenhum momento, o querelado
imputou fato ofensivo à memória do pai do querelado. Apenas fez
referência a uma suposta matéria veiculada em jornal, há 50 anos,
cuja veracidade salientou que não poderia ser, a princípio,
afirmada.
Da mesma forma, na matéria impugnada, em que o
querelante também foi entrevistado, o que houve foi uma
reprodução de críticas mútuas, motivadas pela tensão inerente à
disputa eleitoral então em curso, sem qualquer ofensa de caráter
estritamente pessoal. Ausente o elemento subjetivo especial do
tipo (animus injuriandi).
Assim, o inquérito não merece
seguimento, por três razões: 1) porque o querelante é parte
manifestamente ilegítima para o ajuizamento de ação penal; 2)
porque o Ministério Público Federal, em parecer subscrito pelo
Procurador-Geral da República, requereu que, na eventualidade de
a inicial ser considerada notícia-crime, fossem os presentes
autos arquivados; 3) pela manifesta atipicidade da
conduta.
Agravo regimental desprovido.
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL. INQUÉRITO. ENTREVISTA CONCEDIDA A
PERIÓDICO, COM NÍTIDOS PROPÓSITOS ELEITORAIS E
POLÍTICO-PARTIDÁRIOS. AÇÃO PENAL PÚBLICA. ILEGITIMIDADE ATIVA DO
QUERELANTE. ATIPICIDADE. ARQUIVAMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.
Se os
fatos tidos por criminosos foram perpetrados, unicamente, com
objetivos eleitorais, conforme reconheceu, inclusive, o
querelante, estão, por isso mesmo, sujeitos à incidência das
disposições penais previstas no Código Eleitoral, que os sujeita
à ação penal pública.
Ilegitimidade ativa do querelante para
atuar em juízo.
De qualquer sorte, não teria viabilidade a
pretensão deduzida nestes autos, tendo em vista a atipicidade dos
fatos atribuídos ao querelado.
Em nenhum momento, o querelado
imputou fato ofensivo à memória do pai do querelado. Apenas fez
referência a uma suposta matéria veiculada em jornal, há 50 anos,
cuja veracidade salientou que não poderia ser, a princípio,
afirmada.
Da mesma forma, na matéria impugnada, em que o
querelante também foi entrevistado, o que houve foi uma
reprodução de críticas mútuas, motivadas pela tensão inerente à
disputa eleitoral então em curso, sem qualquer ofensa de caráter
estritamente pessoal. Ausente o elemento subjetivo especial do
tipo (animus injuriandi).
Assim, o inquérito não merece
seguimento, por três razões: 1) porque o querelante é parte
manifestamente ilegítima para o ajuizamento de ação penal; 2)
porque o Ministério Público Federal, em parecer subscrito pelo
Procurador-Geral da República, requereu que, na eventualidade de
a inicial ser considerada notícia-crime, fossem os presentes
autos arquivados; 3) pela manifesta atipicidade da
conduta.
Agravo regimental desprovido.Decisão
O Tribunal, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que
lhe dava provimento. Presidiu o julgamento a Senhora Ministra Ellen
Gracie. Plenário, 01.03.2007.
Data do Julgamento
:
01/03/2007
Data da Publicação
:
DJe-032 DIVULG 06-06-2007 PUBLIC 08-06-2007 DJ 08-06-2007 PP-00029 EMENT VOL-02279-01 PP-00117
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. JOAQUIM BARBOSA
Parte(s)
:
AGTE.(S) : TASSO RIBEIRO JEREISSATI
ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RICARDO JOSÉ RIBEIRO BERZOINI
ADV.(A/S) : ALEXANDRE BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E
OUTRO(A/S)
Mostrar discussão