main-banner

Jurisprudência


STF MS 24421 / DF - DISTRITO FEDERAL MANDADO DE SEGURANÇA

Ementa
MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. CONTROLE DE LEGALIDADE DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DECLARAÇÃO DE NULIDADE, EMITIDA PELA SUPERINTENDÊNCIA DA RECEITA FEDERAL, DE PROCEDIMENTO LICITATÓRIO EM CURSO. ATO ADMINISTRATIVO MERAMENTE RATIFICADO PELA CORTE DE CONTAS DA UNIÃO. INOCUIDADE DA OBTENÇÃO, NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DE PROVIMENTO MANDAMENTAL VOLTADO CONTRA ATO QUE, TÃO-SOMENTE, CONFIRMOU A NULIDADE JÁ ANTERIORMENTE DECRETADA PELA ADMINISTRAÇÃO. 1. A atuação do Tribunal de Contas da União limitou-se à fiscalização de acompanhamento de um procedimento licitatório que já havia sido nulificado pelas autoridades fazendárias. Em outras palavras, o ato do órgão impetrado tão somente ratificou declaração de nulidade previamente emitida. 2. Ainda que se eliminasse o ato do Tribunal de Contas da União, permaneceria incólume a decretação de nulidade proferida pela unidade gestora e chancelada pela Secretaria da Receita Federal. 3. Inaceitável, sob pena de descaracterização da natureza instrumental do processo, a provocação da atividade jurisdicional do Estado que deságüe num provimento inútil, vazio de qualquer conseqüência prática. 4. Entendimento corroborado pela constatação da existência de ação ordinária em trâmite na Justiça Federal no Estado do Rio Grande do Sul, também promovida pela impetrante, na qual ataca o ato de anulação que interrompeu o procedimento licitatório. 5. Mandado de segurança não conhecido.
Decisão
Após os votos dos Senhores Ministros Marco Aurélio, Relator, Joaquim Barbosa, Carlos Britto, Cezar Peluso e Gilmar Mendes, que deferiam o mandado de segurança, pediu vista dos autos a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidência do Senhor Ministro Maurício Corrêa. Plenário, 02.10.2003. Decisão: O Tribunal, por maioria, não conheceu do mandado de segurança, vencidos os Senhores Ministros Marco Aurélio, Relator, e Carlos Britto, que conheciam e deferiam a segurança. Retificaram os votos proferidos anteriormente os Senhores Ministros Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Gilmar Mendes. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Carlos Britto que proferira voto anteriormente. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Maurício Corrêa. Plenário, 25.03.2004.

Data do Julgamento : Relator(a) p/ Acórdão:  Min. ELLEN GRACIE
Data da Publicação : DJe-121 DIVULG 10-10-2007 PUBLIC 11-10-2007 DJ 11-10-2007 PP-00039 EMENT VOL-02293-01 PP-00092
Órgão Julgador : undefined
Relator(a) : Min. MARCO AURÉLIO
Parte(s) : IMPTE.(S): TRANSEICH ASSESSORIA E TRANSPORTES LTDA ADV.(A/S): CRISTIANE ROMANO E OUTRO(A/S) IMPDO.(A/S): PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Mostrar discussão