main-banner

Jurisprudência


STF Rcl 397 MC-QO / RJ - RIO DE JANEIRO QUESTÃO DE ORDEM NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO

Ementa
E M E N T A: RECLAMAÇÃO - GARANTIA DA AUTORIDADE DE DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - EXCEPCIONALIDADE DO SEU CABIMENTO - AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE ATIVA - PEDIDO NÃO CONHECIDO. - O ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, faz instaurar processo objetivo, sem partes, no qual inexiste litigio referente a situações concretas ou individuais. A natureza eminentemente objetiva do controle normativo abstrato afasta o cabimento do instituto da reclamação por inobservancia de decisão proferida em ação direta (Rcl 354, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Coloca-se, contudo, a questão da conveniencia de que se atenue o rigor dessa vedação jurisprudencial, notadamente em face da notoria insubmissão de alguns Tribunais judiciarios as teses juridicas consagradas nas decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em ações diretas de inconstitucionalidade. - A expressão "parte interessada", constante da Lei n. 8.038/90, embora assuma conteudo amplo no âmbito do processo subjetivo, abrangendo, inclusive, os terceiros juridicamente interessados, devera no processo objetivo de fiscalização normativa abstrata, limitar-se apenas aos órgãos ativa ou passivamente legitimados a sua instauração (CF, art. 103). Reclamação que não e de ser conhecida, eis que formulada por magistrados, estranhos ao rol taxativo do art. 103 da Constituição.
Decisão
Apresentado o feito em mesa, o julgamento foi adiado em virtude do adiantado da hora. Ausente, justificadamente, o Ministro Ilmar Galvão. Plenário, 22.05.1992. Decisão: Apresentado o feito em mesa, o julgamento foi adiado em virtude do adiantado da hora. Plenário, 28.05.1992. Após os votos dos Ministros Relator, Francisco Rezek, Ilmar Galvão e Marco Aurélio, não conhecendo da Reclamação, por ilegitimidade ativa dos reclamentes, o julgamento foi adiado em virtude de pedido de vista dos autos, formulado pelo Ministro Caros Velloso. Ausente, justificadamente, o Ministro Sydney Sanches, Presidente. Presidiu o julgamento, o Ministro Octavio Gallotti, Vice-Presidente. Procurador-Geral da República, Dr. Aristides Junqueira Alvarenga. Plenário, 03.06.1992. Por votação unânime, o Tribunal, resolvendo questão de ordem, não conheceu da reclamação, em face da ilegitimidade ativa dos reclamantes e, em conseqüência, julgou prejudicado o pedido de medida liminar. Votou o Presidente. Plenário, 25.11.92.

Data do Julgamento : 25/11/1992
Data da Publicação : DJ 21-05-1993 PP-09765 EMENT VOL-01704-01 PP-00197
Órgão Julgador : Tribunal Pleno
Relator(a) : Min. CELSO DE MELLO
Parte(s) : RCLTES. : LUIZ CARLOS SALLES GUIMARÃES E OUTROS ADVDOS. :AFFONSO PERNET E OUTROS RECLDO. :CONSELHO DA MAGISTRATURA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA : DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Mostrar discussão