main-banner

Jurisprudência


STF Rcl 556 / TO - TOCANTINS RECLAMAÇÃO

Ementa
RECLAMAÇÃO. PRELIMINAR: CABIMENTO DE RECLAMAÇÃO POR DESRESPEITO A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROLATADA EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MÉRITO: ALCANCE DA DECISÃO PROLATADA NA ADI Nº 598, QUANTO AO EDITAL DE CONCURSO, E DESCONSTITUIÇÃO E CASSAÇÃO DE ATOS EXORBITANTES DESTE JULGADO. I - Preliminar. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite, excepcionalmente, reclamação para preservar a autoridade de decisão prolatada em ação direta de inconstitucionalidade, desde que haja identidade de partes e que a prática de atos concretos fundados na norma declarada inconstitucional promane do órgão que a editou. Precedentes. II - Mérito. Inteligência da decisão prolatada na ADI Nº 598-7-TO, a qual declarou inconstitucionais: a expressão "inclusive para fins de concurso público de títulos e provas", contida no par. único do art. 25 da Lei nº 157/90; o art. 29 e seu pár. único do Decreto nº 1.520/90; e todo o Edital do Concurso "Pioneiro do Tocantins" e, conseqüentemente, do concurso realizado. 2. Reclamação conhecida e julgada procedente, em parte, para declarar a nulidade do "Termo de Acordo" firmado entre o Estado e o Sindicato dos Funcionário do Fisco do Estado do Tocantins - SINDIFISCO nos autos da Ação Cautelar Inominada nº 10/93 e do Decreto nº 123/95 e, ainda, para cassar o acórdão proferido na Medida Cautelar Inominada nº 10/93 e a decisão que homologou o referido Termo de Acordo, por serem exorbitantes do julgado desta Corte na ADI nº 598. 3. Reclamação julgada improcedente quanto: ao Decreto nº 124/95; aos pedidos genéricos e não especificados, por serem incompatíveis com a natureza do processo reclamatório; e quanto aos demais atos locais, cuja existência não foi comprovada nos autos.
Decisão
Pediu vista dos autos o Ministro Carolos Velloso, depois do voto do Ministro Maurício Corrêa (Relator), conhecendo da reclamação e julgando-a, procedente em parte. Ausentes, justificadamente, neste julgamento os Ministros Francisco Resek, Ilmar Galvão e Marco Aurélio. Plenário, 30.05.96. Por votação unânime, o Tribunal conheceu da reclamação e, por maioria, julgou-a procedente, em parte, nos termos do voto do Ministro Relator, vencidos os Ministros Carlos Velloso e Néri da Silveira, que a julgava improcedente. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Marco Aurélio. Plenário, 11.11.96.

Data do Julgamento : 11/11/1996
Data da Publicação : DJ 03-10-1997 PP-49230 EMENT VOL-01885-01 PP-00049
Órgão Julgador : Tribunal Pleno
Relator(a) : Min. MAURÍCIO CORRÊA
Parte(s) : RECLTE. : PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO - PMDB ADVDO. : GASTÃO DE BEM E OUTROS RECLDO. : GOVERNADOR DO ESTADO DO TOCANTINS ADVDO. : MANOEL PIRES DOS SANTOS
Mostrar discussão