STF RE 147702 AgR / MG - MINAS GERAIS AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO RECORRIDO QUE
DECLARA A CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 7.689/88 - AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO PROPRIA NA DECISÃO PROFERIDA PELO ÓRGÃO FRACCIONARIO,
QUE SE REPORTA A INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE REJEITADO PELO
PLENÁRIO DO TRIBUNAL "A QUO" - MERA REMISSAO A JULGAMENTO PLENÁRIO -
NECESSIDADE DA JUNTADA DO INTEIRO TEOR DO PRECEDENTE INVOCADO -
PREQUESTIONAMENTO NÃO CONFIGURADO - AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
O acesso a via recursal extraordinária pressupoe, dentre
outros requisitos, a existência, na decisão impugnada, de motivação
propria e autonoma, que enseje, de modo imediato, a direta e plena
compreensão da controversia constitucional instaurada.
Os órgãos fraccionarios dos Tribunais podem declarar a
constitucionalidade das leis, eis que o princípio da reserva de
Plenário apenas incide na hipótese única de proclamação da
ilegitimidade constitucional dos atos do Poder Público (RTJ 98/877).
Se a decisão da Turma ou Câmara, ainda que aludindo a
julgamento plenário do Tribunal na resolução de questão prejudicial
de constitucionalidade, contiver, ela propria, elementos suficientes
que lhe confiram motivação autonoma e bastante, torna-se
prescindivel, para efeito das Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal
Federal, a juntada do acórdão emanado do Pleno.
A mera transcrição, pelo acórdão recorrido, da ementa
pertinente a decisão plenaria proferida no incidente de
inconstitucionalidade não basta para atender ao requisito tecnico do
prequestionamento, especialmente quando a sintese desse ato decisorio
não se revela suficientemente esclarecedora da questão federal
controvertida.
Ementa
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO RECORRIDO QUE
DECLARA A CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 7.689/88 - AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO PROPRIA NA DECISÃO PROFERIDA PELO ÓRGÃO FRACCIONARIO,
QUE SE REPORTA A INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE REJEITADO PELO
PLENÁRIO DO TRIBUNAL "A QUO" - MERA REMISSAO A JULGAMENTO PLENÁRIO -
NECESSIDADE DA JUNTADA DO INTEIRO TEOR DO PRECEDENTE INVOCADO -
PREQUESTIONAMENTO NÃO CONFIGURADO - AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
O acesso a via recursal extraordinária pressupoe, dentre
outros requisitos, a existência, na decisão impugnada, de motivação
propria e autonoma, que enseje, de modo imediato, a direta e plena
compreensão da controversia constitucional instaurada.
Os órgãos fraccionarios dos Tribunais podem declarar a
constitucionalidade das leis, eis que o princípio da reserva de
Plenário apenas incide na hipótese única de proclamação da
ilegitimidade constitucional dos atos do Poder Público (RTJ 98/877).
Se a decisão da Turma ou Câmara, ainda que aludindo a
julgamento plenário do Tribunal na resolução de questão prejudicial
de constitucionalidade, contiver, ela propria, elementos suficientes
que lhe confiram motivação autonoma e bastante, torna-se
prescindivel, para efeito das Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal
Federal, a juntada do acórdão emanado do Pleno.
A mera transcrição, pelo acórdão recorrido, da ementa
pertinente a decisão plenaria proferida no incidente de
inconstitucionalidade não basta para atender ao requisito tecnico do
prequestionamento, especialmente quando a sintese desse ato decisorio
não se revela suficientemente esclarecedora da questão federal
controvertida.Decisão
- A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator. Unânime. 1ª Turma, 30-3-93.
Data do Julgamento
:
30/03/1993
Data da Publicação
:
DJ 23-04-1993 PP-06924 EMENT VOL-01700-05 PP-00952
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTES. : EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES DOMINGOS ZEMA LTDA. E OUTROS
ADVS. : EDUARDO MANEIRA E OUTRO
AGDA. : UNIÃO FEDERAL
ADVA. : PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL
Mostrar discussão