STF RE 205634 / RS - RIO GRANDE DO SUL RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO. ICMS. PRODUTOS SEMI-ELABORADOS. ART. 155, § 2º, X, "a"
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR: EXISTÊNCIA DE VÁCUO
LEGISLATIVO. LEGITIMIDADE DO CONVÊNIO 66/88 PARA DEFINIR E
CONCEITUAR O PRODUTO INDUSTRIALIZADO SEMI-ELABORADO.
1. A Constituição pretérita, em seu art. 23, § 7º, com a
nova redação dada pela EC 23/83, dispunha que o ICM não incidiria
sobre as operações que destinassem ao exterior produtos
industrializados, remetendo à legislação infraconstitucional a
possibilidade de indicar outros.
2. O Decreto-Lei nº 406/68, embora preexistente à EC 23/83,
com ela era compatível, dado que reprisava o teor da norma
constitucional. Apesar da possibilidade de indicação de outros
produtos, mediante norma inferior, sua redação não foi alterada e
nem se fez qualquer menção aos semi-elaborados.
3. A Constituição Federal de 1988, ao revés, foi expressa
ao excluir os semi-elaborados da não incidência do ICMS - art. 155,
§ 2º, X, "a" -, condicionando a incidência da exação à edição de lei
complementar que os definisse.
4. Não editada a necessária lei complementar, os Estados e
o Distrito Federal, em face da autorização contida no art. 34, § 8º
do ADCT/88, editaram convênios definindo e conceituando o produto
industrializado semi-elaborado, para a incidência do ICMS na sua
exportação. Legitimidade do Convênio 66/88, complementado pelos
Convênios 07, 08, 09, de 1989.
Recurso extraordinário não conhecido.
Ementa
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO. ICMS. PRODUTOS SEMI-ELABORADOS. ART. 155, § 2º, X, "a"
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR: EXISTÊNCIA DE VÁCUO
LEGISLATIVO. LEGITIMIDADE DO CONVÊNIO 66/88 PARA DEFINIR E
CONCEITUAR O PRODUTO INDUSTRIALIZADO SEMI-ELABORADO.
1. A Constituição pretérita, em seu art. 23, § 7º, com a
nova redação dada pela EC 23/83, dispunha que o ICM não incidiria
sobre as operações que destinassem ao exterior produtos
industrializados, remetendo à legislação infraconstitucional a
possibilidade de indicar outros.
2. O Decreto-Lei nº 406/68, embora preexistente à EC 23/83,
com ela era compatível, dado que reprisava o teor da norma
constitucional. Apesar da possibilidade de indicação de outros
produtos, mediante norma inferior, sua redação não foi alterada e
nem se fez qualquer menção aos semi-elaborados.
3. A Constituição Federal de 1988, ao revés, foi expressa
ao excluir os semi-elaborados da não incidência do ICMS - art. 155,
§ 2º, X, "a" -, condicionando a incidência da exação à edição de lei
complementar que os definisse.
4. Não editada a necessária lei complementar, os Estados e
o Distrito Federal, em face da autorização contida no art. 34, § 8º
do ADCT/88, editaram convênios definindo e conceituando o produto
industrializado semi-elaborado, para a incidência do ICMS na sua
exportação. Legitimidade do Convênio 66/88, complementado pelos
Convênios 07, 08, 09, de 1989.
Recurso extraordinário não conhecido.Decisão
O Tribunal, por votação unânime, não conheceu do recurso extraordinário. Votou o Presidente. Ausente, justificadamente, o Ministro Moreira Alves. Plenário, 07.08.97.
Data do Julgamento
:
07/08/1997
Data da Publicação
:
DJ 15-12-2000 PP-00105 EMENT VOL-02016-04 PP-00851
Órgão Julgador
:
Tribunal Pleno
Relator(a)
:
Min. MAURÍCIO CORRÊA
Parte(s)
:
RECTE. : FITESA S/A
ADV. : CLAUDIO MERTEN E OUTROS
RECDO. : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV. : HELENA ACAUAN PIZZATO
ADV. : SERGIO VIANA SEVERO
Mostrar discussão