STF RE 245214 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL -
DOMÍNIOS TEMÁTICOS PRÓPRIOS - ACÓRDÃO DE TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO - INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DE AMBOS OS
RECURSOS EXCEPCIONAIS - RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO PELO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - FATO QUE NÃO PREJUDICA O CONHECIMENTO
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - RECURSO DE AGRAVO PROVIDO.
- O recurso extraordinário e o recurso especial são
institutos de direito processual constitucional. Trata-se de
modalidades excepcionais de impugnação recursal, com domínios
temáticos próprios que lhes foram constitucionalmente reservados.
Assentando-se, o acórdão do Tribunal inferior, em duplo
fundamento, impõe-se à parte interessada o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (para exame da
controvérsia de caráter meramente legal) quanto o recurso
extraordinário para o Supremo Tribunal Federal (para apreciação do
litígio de índole essencialmente constitucional), sob pena de, em
não se deduzindo qualquer desses recursos, o recorrente sofrer as
conseqüências indicadas na Súmula 283/STF, motivadas pela existência
de fundamento inatacado, apto a dar, à decisão recorrida, condições
suficientes para subsistir autonomamente.
A circunstância de o Superior Tribunal de Justiça haver
examinado o mérito da causa, negando provimento ao recurso especial
- e, assim, resolvendo a controvérsia de mera legalidade instaurada
nessa via excepcional - não prejudica o conhecimento do recurso
extraordinário, que, visando à solução de litígio de índole
essencialmente constitucional, foi interposto, simultaneamente, pela
mesma parte recorrente, contra o acórdão por ela também impugnado em
sede recursal especial.
Ementa
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL -
DOMÍNIOS TEMÁTICOS PRÓPRIOS - ACÓRDÃO DE TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO - INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DE AMBOS OS
RECURSOS EXCEPCIONAIS - RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO PELO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - FATO QUE NÃO PREJUDICA O CONHECIMENTO
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - RECURSO DE AGRAVO PROVIDO.
- O recurso extraordinário e o recurso especial são
institutos de direito processual constitucional. Trata-se de
modalidades excepcionais de impugnação recursal, com domínios
temáticos próprios que lhes foram constitucionalmente reservados.
Assentando-se, o acórdão do Tribunal inferior, em duplo
fundamento, impõe-se à parte interessada o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (para exame da
controvérsia de caráter meramente legal) quanto o recurso
extraordinário para o Supremo Tribunal Federal (para apreciação do
litígio de índole essencialmente constitucional), sob pena de, em
não se deduzindo qualquer desses recursos, o recorrente sofrer as
conseqüências indicadas na Súmula 283/STF, motivadas pela existência
de fundamento inatacado, apto a dar, à decisão recorrida, condições
suficientes para subsistir autonomamente.
A circunstância de o Superior Tribunal de Justiça haver
examinado o mérito da causa, negando provimento ao recurso especial
- e, assim, resolvendo a controvérsia de mera legalidade instaurada
nessa via excepcional - não prejudica o conhecimento do recurso
extraordinário, que, visando à solução de litígio de índole
essencialmente constitucional, foi interposto, simultaneamente, pela
mesma parte recorrente, contra o acórdão por ela também impugnado em
sede recursal especial.Decisão
Por maioria, a Turma deu provimento ao agravo regimental, para determinar se prossiga no julgamento do recurso extraordinário, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Redator para o acórdão o Senhor Ministro Celso de Mello. Ausente, justificadamente,
neste julgamento, o Senhor Ministro Nelso Jobim. 2ª. Turma, 23.11.99.
Decisão: Por unanimidade, a Turma deliberou retificar a decisão constante da ata da 35ª Sessão Ordinária, de 23 de novembro de 1999, para que a decisão tenha o seguinte teor: Por maioria, a Turma deu provimento ao agravo regimental, para determinar que
se prossiga no julgamento do recurso extraordinário, vencido o Senhor Ministro-Relator, devendo a causa ser decidida pelo Ministro que se tornou Relator para o acórdão. Redator para o acórdão o Senhor Ministro Celso de Mello. Ausentes, justificadamente,
neste julgamento, os Senhores Ministros Maurício Corrêa e Nelson Jobim. 2ª. Turma, 21.03.2000.
Data do Julgamento
:
Relator(a) p/ Acórdão: Min. CELSO DE MELLO
Data da Publicação
:
DJ 05-05-2000 PP-00029 EMENT VOL-01989-05 PP-01112
Órgão Julgador
:
undefined
Relator(a)
:
Min. MARCO AURÉLIO
Parte(s)
:
AGTE. : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADVDOS. : DEOCLECIANO BATISTA E OUTROS
AGDOS. : ADRIANO BATALHA E OUTROS
ADVDO. : ELIOMAR GOMES DA SILVA
Mostrar discussão