STF RE 411594 AgR / PR - PARANÁ AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU - DUPLO
FUNDAMENTO (CONSTITUCIONAL E LEGAL) - IMPRESCINDIBILIDADE DE
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL (STJ) E DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO (STF) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA -
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS -
IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo grau
assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal),
impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o
recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob pena
de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente sofrer, por
força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-processuais
resultantes da preclusão concernente à motivação de ordem
constitucional.
Se tal ocorrer, a existência de fundamento
constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para
manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a decisão
proferida por Tribunal de segunda instância.
- O acórdão do
Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o uso da via
recursal extraordinária, se, nele, se desenhar, originariamente,
a questão de direito constitucional. Surgindo esta, contudo, em
sede jurisdicional inferior, a impugnação, por meio do recurso
extraordinário, deverá ter por objeto a decisão emanada do
Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e não o Superior
Tribunal de Justiça, o órgão judiciário responsável pela
resolução "incidenter tantum" da controvérsia de
constitucionalidade. Precedentes.
- A situação de ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não
basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária.
- Não cabe recurso extraordinário, quando
interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de
examinar matéria de caráter probatório.
Ementa
E M E N T A: ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU - DUPLO
FUNDAMENTO (CONSTITUCIONAL E LEGAL) - IMPRESCINDIBILIDADE DE
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL (STJ) E DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO (STF) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA -
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS -
IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo grau
assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal),
impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o
recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob pena
de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente sofrer, por
força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-processuais
resultantes da preclusão concernente à motivação de ordem
constitucional.
Se tal ocorrer, a existência de fundamento
constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para
manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a decisão
proferida por Tribunal de segunda instância.
- O acórdão do
Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o uso da via
recursal extraordinária, se, nele, se desenhar, originariamente,
a questão de direito constitucional. Surgindo esta, contudo, em
sede jurisdicional inferior, a impugnação, por meio do recurso
extraordinário, deverá ter por objeto a decisão emanada do
Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e não o Superior
Tribunal de Justiça, o órgão judiciário responsável pela
resolução "incidenter tantum" da controvérsia de
constitucionalidade. Precedentes.
- A situação de ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não
basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária.
- Não cabe recurso extraordinário, quando
interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de
examinar matéria de caráter probatório.Decisão
A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo,nos
termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.03.2007.
Data do Julgamento
:
06/03/2007
Data da Publicação
:
DJe-032 DIVULG 06-06-2007 PUBLIC 08-06-2007 DJ 08-06-2007 PP-00044 EMENT VOL-02279-05 PP-00833
Órgão Julgador
:
Segunda Turma
Relator(a)
:
Min. CELSO DE MELLO
Parte(s)
:
AGTE.(S) : AGROPECUÁRIA VEZOZZO SOCIEDADE COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S) : ROGÉRIO MARINHO LEITE CHAVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINA
ADV.(A/S) : PAULO NOBUO TSUCHIYA E OUTRO(A/S)
Mostrar discussão