STF RHC 80711 / PE - PERNAMBUCO RECURSO EM HABEAS CORPUS
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL, PENAL E
PROCESSUAL PENAL.
CONDENAÇÃO DE EX-PREFEITO MUNICIPAL, EM AÇÃO
PENAL ORIGINÁRIA, POR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, POR CRIME
PREVISTO NO ARTIGO 1º, I E II, DO DECRETO-LEI Nº 201/67:
ADMISSIBILIDADE. VALIDADE DO JULGAMENTO OCORRIDO ANTES DA
REVOGAÇÃO DA SÚMULA 394 PELO S.T.F.
CLASSIFICAÇÃO DO DELITO. PENA: FIXAÇÃO.
"HABEAS CORPUS".
1. Embora cancelando a Súmula nº 394 a 25.08.1999,
o Plenário desta Corte, também por unanimidade de votos,
decidiu que continuam válidos todos os atos praticados e
decisões proferidas, com base nela.
Ainda que se tenha referido a seus próprios atos
e decisões anteriores àquela, obviamente, pelas mesmas
razões, assim também se deve entender com relação aos atos e
decisões de outros foros igualmente privilegiados, como foi
o caso do ex-Prefeito, ora paciente, julgado em ação penal
originária, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, a
4.3.1999, antes, portanto, da revogação da Súmula referida
(o que se deu a 25.8.1999).
2. A extinção do mandato do Prefeito, segundo a
jurisprudência mais recente do S.T.F., não é obstáculo à
propositura de ação penal, por crime previsto no art. 201/67
("HABEAS CORPUS". 70.671/PI, D.J.U. de 19.05.95, p. 13.993).
3. É irrelevante que a denúncia haja classificado o
delito como peculato (art. 312 do C. Penal) e o acórdão
tenha condenado o paciente pelo crime do artigo 1º, inciso
I, do Decreto-lei nº 201/67, já que o julgado se baseou nos
mesmos fatos imputados ao paciente, que amplamente se
defendeu de tal imputação.
4. Embora ainda não publicado o acórdão
condenatório, estão reproduzidos nos autos da ação principal
(em apenso) o relatório e os votos do Relator e dos demais
Desembargadores, assim como a conclusão final.
5. E a pena, por se tratar de três crimes de desvio
de verbas públicas, em proveito alheio, em concurso material
(inciso I do art. 1 do Decreto-lei n 201 de 27.2.67), foi
fixada no mínimo em 6 (seis) anos, por não se reconhecer a
ocorrência de delito continuado, o que, aliás, não foi
impugnado na impetração nem no presente recurso.
6. Recurso Ordinário em "Habeas corpus" improvido.
Ementa
- DIREITO CONSTITUCIONAL, PENAL E
PROCESSUAL PENAL.
CONDENAÇÃO DE EX-PREFEITO MUNICIPAL, EM AÇÃO
PENAL ORIGINÁRIA, POR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, POR CRIME
PREVISTO NO ARTIGO 1º, I E II, DO DECRETO-LEI Nº 201/67:
ADMISSIBILIDADE. VALIDADE DO JULGAMENTO OCORRIDO ANTES DA
REVOGAÇÃO DA SÚMULA 394 PELO S.T.F.
CLASSIFICAÇÃO DO DELITO. PENA: FIXAÇÃO.
"HABEAS CORPUS".
1. Embora cancelando a Súmula nº 394 a 25.08.1999,
o Plenário desta Corte, também por unanimidade de votos,
decidiu que continuam válidos todos os atos praticados e
decisões proferidas, com base nela.
Ainda que se tenha referido a seus próprios atos
e decisões anteriores àquela, obviamente, pelas mesmas
razões, assim também se deve entender com relação aos atos e
decisões de outros foros igualmente privilegiados, como foi
o caso do ex-Prefeito, ora paciente, julgado em ação penal
originária, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, a
4.3.1999, antes, portanto, da revogação da Súmula referida
(o que se deu a 25.8.1999).
2. A extinção do mandato do Prefeito, segundo a
jurisprudência mais recente do S.T.F., não é obstáculo à
propositura de ação penal, por crime previsto no art. 201/67
("HABEAS CORPUS". 70.671/PI, D.J.U. de 19.05.95, p. 13.993).
3. É irrelevante que a denúncia haja classificado o
delito como peculato (art. 312 do C. Penal) e o acórdão
tenha condenado o paciente pelo crime do artigo 1º, inciso
I, do Decreto-lei nº 201/67, já que o julgado se baseou nos
mesmos fatos imputados ao paciente, que amplamente se
defendeu de tal imputação.
4. Embora ainda não publicado o acórdão
condenatório, estão reproduzidos nos autos da ação principal
(em apenso) o relatório e os votos do Relator e dos demais
Desembargadores, assim como a conclusão final.
5. E a pena, por se tratar de três crimes de desvio
de verbas públicas, em proveito alheio, em concurso material
(inciso I do art. 1 do Decreto-lei n 201 de 27.2.67), foi
fixada no mínimo em 6 (seis) anos, por não se reconhecer a
ocorrência de delito continuado, o que, aliás, não foi
impugnado na impetração nem no presente recurso.
6. Recurso Ordinário em "Habeas corpus" improvido.Decisão
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus. Unânime. 1ª. Turma, 19.06.2001.
Data do Julgamento
:
19/06/2001
Data da Publicação
:
DJ 24-08-2001 PP-00064 EMENT VOL-02040-05 PP-01000
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. SYDNEY SANCHES
Parte(s)
:
RECTE. : JOÃO FERNANDES DE LIMA
ADVDOS. : JOSÉ ARMANDO D. RODRIGUES E OUTROS
RECDO. : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Mostrar discussão