STF RHC 84353 / DF - DISTRITO FEDERAL RECURSO EM HABEAS CORPUS
EMENTA: RECURSO EM HABEAS CORPUS. RECORRENTE CONDENADO POR
HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISO I, DO CP). ALEGAÇÃO DE
VÍCIO NA QUESITAÇÃO E AUSÊNCIA DE QUESITO OBRIGATÓRIO, RELATIVO À
LEGÍTIMA DEFESA.
A quesitação formulada e os demais dados extraídos
do processo não permitem que haja espaço para falar-se em confusão
por parte dos jurados com a utilização, no terceiro quesito, da
expressão "mediante ajuste". Patente pela denúncia, pela pronúncia e
outras peças dos autos que a dita expressão foi utilizada
simplesmente para registrar a co-autoria do delito, sem que fosse
capaz de provocar a menor confusão nos jurados quanto à prematura
qualificação por "paga promessa". Mesmo porque não há nenhuma
referência no feito sobre eventual promessa de pagamento. No tocante
à quesitação das qualificadoras referidas na pronúncia, os jurados
foram indagados em quesitos próprios, de forma individualizada, como
ordena a lei (4º e 5º quesitos), não existindo o mínimo indício de
que tenha havido a confusão argüida pelo recorrente.
Improcedência
da alegada nulidade decorrente da ausência de quesito obrigatório
sobre a legítima defesa. A defesa do paciente sustentou tese diversa
(negativa de participação), não se extraindo dos debates ou dos
depoimentos prestados pelo acusado -- na primeira fase ou em
Plenário -- qualquer referência à mencionada excludente de
ilicitude. Inexistência de violação ao art. 484, inciso III, do
CPP.
Recurso ordinário desprovido.
Ementa
RECURSO EM HABEAS CORPUS. RECORRENTE CONDENADO POR
HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISO I, DO CP). ALEGAÇÃO DE
VÍCIO NA QUESITAÇÃO E AUSÊNCIA DE QUESITO OBRIGATÓRIO, RELATIVO À
LEGÍTIMA DEFESA.
A quesitação formulada e os demais dados extraídos
do processo não permitem que haja espaço para falar-se em confusão
por parte dos jurados com a utilização, no terceiro quesito, da
expressão "mediante ajuste". Patente pela denúncia, pela pronúncia e
outras peças dos autos que a dita expressão foi utilizada
simplesmente para registrar a co-autoria do delito, sem que fosse
capaz de provocar a menor confusão nos jurados quanto à prematura
qualificação por "paga promessa". Mesmo porque não há nenhuma
referência no feito sobre eventual promessa de pagamento. No tocante
à quesitação das qualificadoras referidas na pronúncia, os jurados
foram indagados em quesitos próprios, de forma individualizada, como
ordena a lei (4º e 5º quesitos), não existindo o mínimo indício de
que tenha havido a confusão argüida pelo recorrente.
Improcedência
da alegada nulidade decorrente da ausência de quesito obrigatório
sobre a legítima defesa. A defesa do paciente sustentou tese diversa
(negativa de participação), não se extraindo dos debates ou dos
depoimentos prestados pelo acusado -- na primeira fase ou em
Plenário -- qualquer referência à mencionada excludente de
ilicitude. Inexistência de violação ao art. 484, inciso III, do
CPP.
Recurso ordinário desprovido.Decisão
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em "habeas corpus".
Unânime. 1ª Turma, 21.09.2004.
Data do Julgamento
:
21/09/2004
Data da Publicação
:
DJ 11-02-2005 PP-00013 EMENT VOL-02179-02 PP-00206 LEXSTF v. 27, n. 316, 2005, p. 413-420 RTJ VOL-00193-03 PP-01031
Órgão Julgador
:
Primeira Turma
Relator(a)
:
Min. CARLOS BRITTO
Parte(s)
:
RECTE.(S) : HERCÍLIO DIAS LIMA OU ERCÍLIO DIAS LIMA
ADVDO.(A/S) : JASON BARBOSA DE FARIA E OUTRO (A/S)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Mostrar discussão